O chanceler Antonio Patriota repudiou nesta sexta-feira o ataque sírio contra a Turquia e reforçou a oposição brasileira a uma intervenção militar para pôr fim à crise no país árabe, que ameaça se tornar um conflito regional.

A Turquia foi alvo de um ataque sírio nesta semana, que matou cinco civis turcos, e revidou ao bombardeio alvejando posições sírias. O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, disse que testar a sua nação seria “um erro fatal”, em uma advertência a Damasco.

Patriota rejeitou a “militarização e o agravamento da tensão” entre Síria e Turquia, em linha com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que condenou o ataque sírio.

“Esperamos que essas posições do Conselho de Segurança representem um ressurgimento de um consenso internacional que contribua para uma solução dentro do mais breve prazo com respeito à Carta da ONU e dentro da prioridade ao diálogo e à diplomacia”, disse Patriota a jornalistas.

O chanceler voltou a rejeitar a possibilidade de uma intervenção na Síria, cujo conflito entre forças do presidente Bashar al-Assad e rebeldes que tentam derrubá-lo já deixou, segundo ativistas de oposição, mais de 30 mil mortos em 18 meses de levante.

“Não há solução militar. A solução é pela via do diálogo. Repudiamos a militarização”, disse Patriota.

A presidente Dilma Rousseff repudiou a possibilidade de intervenção na Síria durante a abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, na semana passada, e pediu que as partes envolvidas no conflito dialoguem.