O governo do Paraguai negou a concessão de imunidade diplomática aos observadores da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Fernández, anunciou hoje que nenhum observador terá imunidade diplomática. “Não vamos dar imunidade diplomática e nem convidar países que nos sancionam sem nos escutar e nos perseguem em todos os fóruns internacionais”, disse o chanceler.

O presidente Federico Franco já havia dito em outras ocasiões que não convidaria nenhum observador da Unasul para acompanhar o pleito, já que a entidade se opôs a seu governo devido à destituição do ex-mandatário Fernando Lugo em 22 de junho. Com o acontecimento, a Unasul suspendeu o Paraguai do organismo.

Apesar da resistência do governo, o assessor do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), Luis Alberto Mauro, disse à ANSA que foi a instituição que fez o convite aos observadores. “A posição assumida pelo TSJE é de que venham todos os países e organizações”, destacou.

O governo paraguaio marcou para dia 21 de abril as eleições gerais. Devem enviar observadores a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União Europeia (UE), o Centro Carter, entre outras entidades.