A greve teve início no dia 7 de agosto sendo que a categoria reivindica uma reestruturação na carreira

De braços cruzados há quase dois meses, os policiais federais de prosseguirão com a greve. A informação é do agente Yassumu Paulo, que em recente entrevista ao Hojems disse que em Três Lagoas e Mato Grosso do Sul houve 100% de adesão, sendo que foram mantidos os serviços básicos de urgência com o funcionamento de 30% do efetivo.

Uma nova negociação estava marcada para ocorrer ontem no Distrito Federal. A greve teve início no dia 7 de agosto sendo que a categoria reivindica uma reestruturação na carreira dos policiais, especialmente em relação aos agentes, escrivães e papiloscopistas, aumento de efetivo e aumento do salário inicial de cerca de R$ 7.700,00, piso para profissionais que possuem apenas Ensino Médio.

Os policiais exigem o piso de R$ 12 mil, valor pago para quem possui terceiro grau completo. A categoria também defende a saída do atual diretor-geral da corporação, Leandro Daiello Coimbra. A luta pela reestruturação da carreira e a melhoria salarial já dura três anos e a classe está em negociação com o Govern reivindicando respeito aos direitos dos policiais e o reconhecimento das atribuições exercidas pela categoria dos agentes, escrivães e papiloscopistas.

BALANÇO

Mesmo estando em greve os policiais federais de Três Lagoas incineraram mais de três toneladas de entorpecentes no dia 10 de agosto. As drogas foram apreendidas no período de 2010 a 2012 sendo elas: maconha (2.927,205 quilos), cocaína (93,31 quilos) e um quilo de haxixe.Já na manhã do dia 16 os policiais realizaram uma operação barreira no Posto Fiscal da PRF (Polícia Rodoviária Federal), localizado no quilômetro 21 da BR-262. Foram abordados aproximadamente 650 veículos sendo que a ação tinha o objetivo de apreender drogas, armas e materiais ilícitos.No dia 12 deste mês, treze agentes doaram sangue no Hemonúcleo da cidade, em forma de protesto. Segundo os grevistas, a intenção do ato era de divulgar o movimento através de uma boa ação.