Papa critica o narcotráfico e diz que o marxismo está ultrapassado

A bordo do avião, 23 Mar 2012 (AFP) -O Papa Bento XVI afirmou nesta sexta-feira, a caminho do México e de Cuba, que a ideologia marxista está ultrapassada e que é preciso encontrar um novo modelo. “A ideologia marxista tal como havia sido concebida não responde à realidade e convém encontrar novos modelos”, afirmou ao […]

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A bordo do avião, 23 Mar 2012 (AFP) -O Papa Bento XVI afirmou nesta sexta-feira, a caminho do México e de Cuba, que a ideologia marxista está ultrapassada e que é preciso encontrar um novo modelo.

“A ideologia marxista tal como havia sido concebida não responde à realidade e convém encontrar novos modelos”, afirmou ao responder às perguntas dos jornalistas a bordo do avião que o leva para uma visita ao México e a Cuba.

O Papa ressaltou a vontade dos católicos “de ajudar em um diálogo construtivo para evitar os traumatismos”, num momento em que a Igreja local cubana se converteu em interlocutora política das autoridades do país.

“É evidente que a Igreja está sempre do lado da liberdade de consciência, da liberdade de religião”, enfatizou, assegurando que atualmente em Cuba “os fiéis católicos contribuem para este caminho”.

Bento XVI também alertou para a necessidade de combater o tráfico de drogas e afirmou que é preciso “desmascarar o mal e a mentira”, assim como a “idolatria do dinheiro que converte os homens em escravos”.

Sobre o narcotráfico, que deixou 50 mil mortos neste país em cinco anos, o Papa convocou os católicos a “fazer todo o possível contra este mal destruidor de nossa juventude”. “Nossa grande responsabilidade é educar as consciências, educar a responsabilidade moral”, acrescentou Bento XVI.

“O problema do narcotráfico e da violência é uma grande responsabilidade para a Igreja deste país com 80% de católicos”, ressaltou o Papa,

“O homem precisa de infinito. Se Deus não é o infinito, o homem não criará seus próprios paraísos, uma aparência de infinito. Temos que fazer todo o possível para desmascarar o mal”, acrescentou.

O pontífice também ressaltou que é preciso “desmascarar as falsas promessas e as mentiras” dos narcotraficantes, alguns dos quais dizem ser católicos.

O Papa realiza a partir desta sexta-feira um giro de seis dias que o levará primeiro ao México e depois a Cuba. É sua primeira visita a países de língua hispânica da América Latina.

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