Pai acusa HU de negligência por morte de bebê e registra denúncia no MPF

Após forçar o parto normal a equipe do Hospital Universitário de Dourados viu que o bebê estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço

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Após forçar o parto normal a equipe do Hospital Universitário de Dourados viu que o bebê estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço

O torneiro mecânico, Valcir Ferreira Sobrinho, 31, denunciou o Hospital Universitário de Dourados por negligência médica ao MPF (Ministério Público Federal), por conta da morte de seu filho durante o parto, no último dia 17. Segundo Valcir, os médicos teriam ignorado a informação de que sua esposa tem dificuldade para ter bebês de parto normal e quando seu filho começou a nascer, foi observado o cordão umbilical enrolado no pescoço, o que teria sido a causa da anoxia fetal ou falta de oxigenação, que consta no atestado de óbito.

Segundo Valcir, sua esposa, a auxiliar de laboratório Gislaine Nunes Ardigo, 29, realizou acompanhamento médico durante toda a gravidez. Dois dias antes da internação, no dia 13 de abril, o casal compareceu ao Hospital e lhes foi informado que o bebê estava bem, sem nenhuma anormalidade gestacional. No dia 15, ao completar 41 semanas de gravidez, Gislaine começou a ter contrações e foi para a maternidade, onde determinaram sua preparação para o parto. O marido informou que quando falaram de internação, ele imaginou que já seria feito o parto, por conta do “adiantado do tempo”.

“Nós imaginamos que seria uma cesárea, porque ela já teve complicações no nascimento do nosso primeiro filho. Avisamos os médicos, eu e a mãe dela, que não poderia ser feito o parto normal. Mesmo assim eles deixaram ela esperando até o dia 17, por volta de 00h30, quando resolveram tirar o bebê a força”, afirmou. O pai declarou que quando iniciou o parto normal, os médicos Antônio Carlos Antunes e Viviane Tiene Arakaki, viram que o cordão umbilical estava enrolado no pescoço da criança e imediatamente o empurraram de volta para a barriga da mãe.

Ainda segundo Valcir, a médica teria lhe dito que seu filho era muito grande, bonito, em perfeitas condições, mas devido ao seu tamanho não foi possível realizar o parto normal e que para salvar a vida da mãe a equipe decidiu realizar a cesariana. Ele contou ainda que sua esposa, Gislaine, está com vários hematomas na barriga pelo fato da equipe ter forçado o parto normal.

A 1º Delegacia de Polícia de Dourados informou que não há nenhum boletim de ocorrência registrado sobre o caso. Já Valcir, explicou que foi até a delegacia fazer o registro, porém o policial que estava de plantão disse que o caso não era lá e que ele teria que procurar o Ministério Público. “No MPE me mandaram para o Ministério Público Federal e de lá encaminhamos também uma denúncia ao Conselho Municipal de Saúde. Agora queremos justiça, porque a dor e o baque são muito grandes e não quero que aconteça com outra família o que esta acontecendo com a minha”, concluiu.

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