Outono deixa pecuaristas em alerta

Temperaturas mais amenas, maior frequência de nevoeiros e registros de geadas no sul do Estado de Mato Grosso do Sul deixam os produtores da região em alerta. Essas são as algumas das previsões da Estação Meteorológica da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal) e do Cemtec (Centro de Monitoramento […]

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Temperaturas mais amenas, maior frequência de nevoeiros e registros de geadas no sul do Estado de Mato Grosso do Sul deixam os produtores da região em alerta.

Essas são as algumas das previsões da Estação Meteorológica da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal) e do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul) apresentadas a Câmara Setorial de Bovino e Bubalinocultura nesta segunda-feira (19) na sede da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS).

De acordo com os meteorologistas Natálio Abrão (Uniderp) e Cátia Braga (Cemtec) esse trimestre será marcado por temperaturas mais amenas e com chuvas mais esparsas.

“Uma massa de ar seco ganha força nesse período, principalmente no centro sul do Estado. Teremos uma redução da média de chuvas. Serão 350 mm de chuvas na região norte e entre 170 a 270 mm, principalmente na região centra”, relata.

Para o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Cláudio Lazzarotto, a grande diferença entre esse outono e inverno em relação aos anteriores é a situação em que se encontram as pastagens no Estado.

“De uma maneira geral, o comportamento do tempo nessas estações vai ser dentro dos padrões, mas nossas lavouras e pastagens é que não estão em um padrão considerado normal, já apresentam um alto grau de degradação. Os pecuaristas devem tomar medidas para contornar essa situação a longo prazo, como investir em sistemas de retenção da água do solo, por exemplo”, explica.

Outra preocupação dos meteorologistas é em relação às queimadas, que são mais freqüentes nessa época do ano e podem trazer grandes prejuízos.

“Nesse período, no ano passado, tivemos 458 focos de incêndio. As principais áreas atingidas foram Corumbá, Campo Grande, Porto Murtinho e Aquidauana”, alerta Natálio. “São orientações para colocar o pecuarista em alerta. Não podemos descuidar”, finaliza o presidente da Câmara, José Lemos Monteiro.

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