Órgão Federal aponta empresa de MS como responsável pela morte de 36 trabalhadores

A Central Energética Vicentina, de Mato Grosso do Sul, foi responsabilizada pela SRTE-Ba (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia) dos trabalhadores contratados pela empresa em Pernambuco para trabalhar na usina que fica em Jateí, a 260 quilômetros de Campo Grande. Quando voltavam de MS para o Pernambuco, em dezembro do ano passado, os […]

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A Central Energética Vicentina, de Mato Grosso do Sul, foi responsabilizada pela SRTE-Ba (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia) dos trabalhadores contratados pela empresa em Pernambuco para trabalhar na usina que fica em Jateí, a 260 quilômetros de Campo Grande.

Quando voltavam de MS para o Pernambuco, em dezembro do ano passado, os funcionários da Central Energética se envolveram no pior acidente automobilístico dos últimos 20 anos em rodovias baianas. No total, 36 pessoas morreram, incluindo dois motoristas do ônibus contratado pela empresa para levar os homens e 34 trabalhadores que tinham atuado na indústria sucro-alcooleira sul-mato-grossense.

A tragédia aconteceu na BR-116, perto do muicípio de Brejões, norte da Bahia. O ônibus contratado em MS bateu de frente com um caminhão carregado de gesso. Informações periciais apontaram que o acidente foi causado pelo motorista do caminhão, que dirigia há 14 horas sem parar.

Mas os motoristas do ônibus também estariam em uma jornada de trabalho prolongada e teriam dirigido, juntos, por mais de 30 horas sem descanso desde que saíram de Mato Grosso do Sul. O veículo estava carregado de presentes que os trabalhadores levariam para filhos e familiares na cidade onde moravam com o dinheiro que ganharam trabalhando na indústria da cana em MS.

A Superintendência afirma que os motoristas trabalhavam para uma empresa clandestina, que não tem registro na Agência Nacional de Transportes Terrestres, e que a empresa de energia que contratou o ônibus não teria cumprido as exigências trabalhistas.

O documento da SRTE-Ba vai ser encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF). Até o momento, a empresa sul-mato-grossense não se manifestou oficialmente sobre o relatório da superintendência.

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