Operação prende quadrilha com funcionários do Incra que transferiam lotes ilegalmente

A operação Gaia foi deflagrada na manhã desta terça-feira (22), em atuação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União em Mato Grosso do Sul

Dois membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Corumbá foram presos e três servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA foram identificados pela prática de transferência ilegal de assentamentos rurais na região de Corumbá.

A operação Gaia Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (22), em atuação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União.

As investigações que duraram mais de um ano comprovaram a existência de um esquema de inúmeras fraudes, dentre elas a comercialização de lotes em áreas destinadas ao Programa Nacional de Reforma Agrária.

As transações era regularizadas por servidores locais do Incra, na sua maioria mediante o recebimento de propina por membros do sindicato de trabalhadores rurais de Corumbá e demais integrantes da organização, apontam a investigação.

Com isso a distribuição de lotes em assentamentos situados em Corumbá e Ladário não respeitavam à ordem do cadastro e critérios de priorização de candidatos inscritos no Programa de Reforma Agrária, e sim, direcionamento dos lotes de acordo com a conveniência dos membros da quadrilha mediante pagamento.

Com a interferência do Sindicato de Trabalhadores Rurais e Associações de Assentamentos nas transferências perante a regularização do Incra, as áreas acabaram sendo ocupadas por pecuaristas e comerciantes de Corumbá e Ladário que exploravam as áreas por meio de caseiros.

A “Operação Gaia” foi nomeada em alusão à divindade que representava a Terra na mitologia grega. A PF e representantes da CGU e MPF estiveram nos assentamentos Paiolzinho e Tamarineiro II, na manhã desta terça-feira (22).