Operação Hidra desmonta esquema de adulteração de combustíveis em três estados
A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quarta-feira (21) em Guarapuava (PR) documentos fiscais e contábeis, extratos bancários, veículos, cheques e dinheiro que serão úteis no inquérito policial federal que investiga uma quadrilha que adulterava combustíveis e sonegava tributos federais e estaduais. Os crimes eram cometidos em rede de postos de combustível no Paraná, em Santa […]
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A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quarta-feira (21) em Guarapuava (PR) documentos fiscais e contábeis, extratos bancários, veículos, cheques e dinheiro que serão úteis no inquérito policial federal que investiga uma quadrilha que adulterava combustíveis e sonegava tributos federais e estaduais.
Os crimes eram cometidos em rede de postos de combustível no Paraná, em Santa Catarina e São Paulo. Cerca de 400 servidores, entre policiais federais, civis e militares e agentes da Receita Federal estão trabalhando na Operação Hidra, que deverá prosseguir até que sejam cumpridos os 93 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Guarapuava.
Segundo o delegado Maurício Todeschini, em um mesmo estabelecimento foram encontrados documentos referentes a 20 empresas, ficando configurado o crime de constituir, na mesma cidade, estabelecimentos diferentes, com alterações de endereço, em nome de supostos laranjas, com diferentes inscrições do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), “Em dinheiro, cheques e notas promissórias foram apreendidos R$ 2 milhões.Várias pessoas estão sendo ouvidas no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e na Polícia Federal, mas até agora ninguém foi preso”, informou Todeschini.
A polícia suspeita que esses crimes cheguem a R$ 500 milhões. A quadrilha agia em Santa Catarina, São Paulo e, principalmente, no Paraná, no município de Guarapuava, a 250 quilômetros de Curitiba, base da organização criminosa.
Estão sendo executadas várias medidas judiciais cautelares de bloqueio de contas bancárias e de sequestro de bens móveis e imóveis em nome dos principais envolvidos e de empresas utilizadas para ocultação dos recursos obtidos com as práticas ilícitas.
O que a polícia apurou até agora é que o esquema criminoso era comandado por um núcleo familiar de Guarapuava. Nos últimos anos, a quadrilha praticou e vai responder pelos crimes de sonegação de tributos estaduais e federais em rede de postos de gasolina, adulteração de combustíveis, fraude à execução fiscal, blindagem patrimonial, ocultação de bens e direitos, além de possível evasão de divisas.
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