O ‘arrastão' em Mato Grosso do Sul, realizado pela Polícia Civil, peritos criminais e a Enersul (Empresa Concessionária de Energia Elétrica), para combater o furto de energia em comércios e residências, continua nesta quarta-feira (31), em decorrência da operação ‘Curto Circuito'.

Hoje, as ações foram deflagradas em Ivinhema, distante a 297 quilômetros da Capital, com ao menos 70 pontos suspeitos de praticar o crime. Segundo uma das gestoras da empresa, estão presentes 49 pessoas, entre representantes da Enersul, policiais civis e peritos criminais.

Desde o início do ano, duas operações do tipo já aconteceram na Capital e em municípios como Corumbá, Bonito, Ladário, Caarapó, , Nova Andradina, contabilizando mais de 32 mil locais vistoriados.

“Quando uma pessoa furta energia, o Estado deixa de arrecadar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), lesando os consumidores que cumprem com o seu dever, já que pagam a tarifa mensal de 7%, além de gerar um débito de R$ 40 milhões anuais em MS que poderiam estar sendo investidos em saúde, educação e na polícia, por exemplo”, afirma uma das gestoras que coordena a operação.

Ontem, toda a fiscalização esteve concentrada em Rochedo. A Enersul realizou ao todo 32 inspeções sendo que 25 destes locais havia irregularidades. “A intenção era passar apenas a manhã, mas como foi alto o índice de flagrantes, tivemos de passar o dia e cancelamos as ações em Corguinho. Hoje, os técnicos retomaram neste município e em outros as ações continuam”, garante a gestora da Enersul.

Segundo o delegado Paulo Roberto Diniz, foram realizados oito flagrantes em Rochedo. “Todos foram autuados por furto de energia e para eles foi decretada a fiança, sendo que sete pagaram e uma pessoa continua detida. A fiança varia de um a dez salários mínimos”, fala o delegado Diniz.