Operação Cerco prende 30 pessoas na fronteira de MS

Em razão das caminhonetes e caminhões serem cada vez mais alvos dos bandidos, a polícia montou a “Operação Cerco” para atuar na região de fronteira de Mato Grosso do Sul, que iniciou no dia 20 de setembro. Em apenas 7 dias de fiscalização, nesta sexta-feira (28), por volta das 8h20, foi divulgado o balanço da […]

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Em razão das caminhonetes e caminhões serem cada vez mais alvos dos bandidos, a polícia montou a “Operação Cerco” para atuar na região de fronteira de Mato Grosso do Sul, que iniciou no dia 20 de setembro. Em apenas 7 dias de fiscalização, nesta sexta-feira (28), por volta das 8h20, foi divulgado o balanço da operação, durante entrevista coletiva, na Sejusp, em Campo Grande.

O titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Wantuir Jacini, destacou que o recente assassinato dos estudantes Breno Luigi Silvestrini de Araújo, de 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19, no dia 30 de agosto, levantou a clamor da população sobre a importância de se fiscalizar a região de fronteira.

 “Como exemplo tivemos a prisão da quadrilha responsável pelo assassinato dos estudantes, que levaria a pajero para a Bolívia. Foi um crime que chocou a sociedade, e levantou a discussão sobre as fronteiras. Mas nós sempre temos feito diversas reuniões e ações neste sentido”, explicou Jacini.

Wantuir destacou que a Inteligência da polícia monta operações para analisar os resultados nos locais, e aprimorar a força tática. Em uma semana de fiscalização da Operação Cerco nas rodovias do estado 111 pessoas foram abordadas e 81 veículos fiscalizados.

Foram apreendidos 1.488,5 kg de entorpecente; 120 munições; 2.183 pacotes de cigarros; e 5 veículos recuperados. Além disso, 2 menores foram apreendidos; e 30 pessoas presas, sendo que os principais crimes cometidos foram contrabando, descaminho, e uso ilegal de arma de fogo.

Jacini destacou que há um acordo de cooperação entre a polícia paraguaia e brasileira, com troca de informações mútuas. Mas, segundo ele, com a Bolívia essa relação é mais difícil. Tanto é que ele cita sobre um dos indivíduos envolvidos no crime dos estudantes, que ainda não foi detido porque se tivesse fugido para o Paraguai, a polícia já tinha conseguido capturá-lo.

As ações devem continuar por tempo indeterminado. “Assim como migramos a área operacional e de inteligência, os bandidos também migram e buscam estradas vicinais para desviar e atravessar a fronteira. Por isso a polícia não é estática, temos sempre como foco tirar os marginais de circulação”, concluiu Jacine.

A operação na fronteira engloba todas as forças policiais, a PRF (Polícia Rodoviária Federal), PRE (Polícia Rodoviária Estadual), Dof (Departamento de Operações de Fronteira),Polícia Civil e Polícia Militar.

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