Obra emergencial em cratera na Marquês de Herval deve começa nesta sexta

A obra só poderá ser feita depois que as chuvas cessarem e o solo secar. O problema no local, que já teve o asfalto cedido e desmoronamentos em épocas de chuva, é que o solo é muito arenoso

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A obra só poderá ser feita depois que as chuvas cessarem e o solo secar. O problema no local, que já teve o asfalto cedido e desmoronamentos em épocas de chuva, é que o solo é muito arenoso

O engenheiro da prefeitura de Campo Grande, Francisco Torres Martinez, que estava na manhã desta sexta-feira (22) avaliando os estragos causados pelas chuvas na avenida Marquês de Herval, no bairro Nova Lima, em Campo Grande, disse que aguardava o secretário de obras Antônio De Marco para decidir que tipo de obra emergencial vai ser feita para amenizar o problema.

 “O solo não tem coesão”, explicou. Além disso, conforme ele, não se esperava que chovesse tanto em tão pouco tempo. Ele informou que entre quarta e quinta-feira choveu aproximadamente 200 mm.

Ainda segundo o engenheiro, estima-se que 30 metros de tubulação dupla de drenagem foi perdida. Ele também informou que a erosão no ponto deve ter uns 12 metros de profundidade por oito de largura. Já a extensão total da cratera deve ter 80 metros.

A erosão que já avançou cinco metros para dentro da pista interditou o trânsito no local. Desde ontem (21), veículos e pedestres estão impedidos de passar por causa do buraco e risco de desabamento.

A energia elétrica também foi cortada já que um poste de luz caiu no buraco comprometendo o abastecimento. A concessionária – Enersul – informou que vai retirar o poste e os cabos ainda hoje do buraco. Não foi informado a previsão de restabelecimento da energia.

Solução

Segundo o engenheiro da prefeitura de Campo Grande, Francisco Torres Martinez, a solução para evitar que este problema continue acontecendo no bairro Nova Lima são barragens, que devem ser feitas no percurso da tubulação de drenagem. Contudo, ele explicou que isso só poderá ser feito após a obra emergencial. Ainda segundo ele, a recomposição da vegetação também deve ser feita.

Moradores

O comerciante Carlos Alberto de Oliveira, 48 anos, contou que da última vez que uma cratera foi aberta no local ele ficou 4 meses sem trabalhar. E agora, novamente com o problema, está receoso de ficar mais uma vez sem trabalho. Para o morador falta interesse das autoridades em resolver o problema definitivamente. “O ritmo de trabalho é muito lento”, reclamou.

Outra moradora, Jodenice Ribeiro Lima, 49 anos, já vendeu uma casa que fica em frene à cratera. Ela conta que o marido quer vender a funilaria, que também fica é em frente a cratera, porque se sentem insegura com o problema.

Já Dona Maria Isabela de Carvalho Socorro da Costa Soares, 51 anos, teve que ser removida de sua casa. A defesa civil a orientou para que dormisse fora de casa, porque há risco de desabamento.

Chuvas

De acordo com o meteorologista Natálio Abraão na última quarta-feira (20) choveu 93,4 mm em Campo Grande. Ontem choveu mais 93,6 mm, totalizando 188 mm apenas nos dois dias.

Ainda segundo o meteorologista, o total de chuvas neste mês de junho supera a média histórica dos últimos 70 anos. Natálio explicou ainda que para cada milímetro de chuva contabilizado é um litro de água para um metro quadrado.

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