A OAB/MS pedirá à Sejusp/MS (Secretaria de Justiça e Seguraça Pública do Estado) informações sobre a ação da Polícia Militar nesta manhã (18) no aterro sanitário Dom Antônio Barbosa, durante a desativação do “Lixão” de Campo Grande. No confronto, a Polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral. Cinco catadores foram detidos e quatro ficaram feridos. A Seccional foi ao local representado pela Comissão de Direitos Humanos e presenciou o conflito.

“Solicitamos uma resposta da Secretaria e do Comando da PM sobre essa ação considerada excessiva, nada justifica tal violência. Eram trabalhadores, mulheres e idosos, desarmados e que tinham autorização para buscar seus pertences dentro do ‘Lixão’”, afirmou a presidente da Comissão da OAB/MS, Kelly Cristiny de Lima Garcia.

A Comissão da OAB/MS esteve no “Lixão”, nesta manhã, acompanhada da Defensoria Pública Municipal. De acordo com a presidente da OAB/MS, no conflito alguns servidores da Defensoria também ficaram feridos.

No momento do conflito, os catadores entravam no aterro com autorização para pegar alguns bens pessoais, já que a desativação ocorreu por volta das 10h, quando alguns trabalhavam. “Não estamos discutindo o fechamento do ‘Lixão’, mas a ação excessiva que houve nesta manhã por parte da Polícia Militar, presente com vários homens da corporação e da Cigcoe”, afirmou Kelly Cristiny.

A Comissão da OAB/MS ainda recebeu denúncia que os policiais militares estariam realizando ações repressivas dentro do bairro Dom Antônio Barbosa, onde moram alguns catadores. “Se houve abuso de autoridade alguém terá de se responsabilizar”, afirmou Kelly Cristiny.