Moradores do bairro Maria Aparecida Pedrossian entraram em contato com a reportagem por conta do mau cheiro do que eles acreditam ser o esgoto que transborda após chuvas no cruzamento das ruas Manoel Padial e Graciano Vargem Alegre.

A assessoria de comunicação da empresa Águas Guariroba, em resposta a reportagem veiculada pelo Midiamax neste último sábado (7), afirmou neste domingo (8) que nenhum esgoto é lançado in natura nos córregos de Campo Grande. 
Moradores do bairro Maria Aparecida Pedrossian entraram em contato com a reportagem por conta do mau cheiro do que eles acreditam ser o esgoto que transborda após chuvas no cruzamento das ruas Manoel Padial e Graciano Vargem Alegre. Depois de transbordado, fezes e todo tipo de sujeira ficam no local.
Outro fato mais grave é por causa da contaminação dessa mesma água de esgoto em um córrego e uma nascente na Área de Proteção Ambiental – APA – do córrego Lageado, no mesmo cruzamento.
Neste local existe uma estação de tratamento de esgoto elevatória da empresa concessionária de abastecimento de água e tratamento dos esgotos de Campo Grande , porém de acordo com moradores, grande parte desse mesmo esgoto é despejada no córrego próximo. 
Só na região do bairro Maria Aparecida, Samambaia e residencial Damha a área tem em torno de 35 hectares. Além do transtorno aos moradores, no local existem inúmeras espécies animais como macacos, quatis, capivaras e aves que bebem da água.
“Por causa do cheiro, não dá nem para chamar visita em casa”, diz o autônomo Cícero José da Silva, 57, que mora há 11 anos em frente à Área de Proteção. “Só pode estar vindo direto prá cá, pois quando parecem que fecham essa caixa [de esgoto], o córrego fica limpinho até cristalino”.
“O mau cheiro vai lá para dentro de casa”, conta a auxiliar de produção Elenir Venâncio de Oliveira, 35.
A  Águas Guariroba informou que há ligações clandestinas das casas na rede de esgoto para vazão das águas das chuvas dos quintais e calhas, que sobrecarrega a rede e pode fazer com que ela transborde. 
“Quando chove forte a rede não suporta, porque a chuva leva sedimentos como folhas, pedras e terra”, disse a assessoria. 
A fiscalização dessas redes clandestinas, segundo a empresa, é feita pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) através do projeto “Córrego Limpo”. 
Em relação a estação elevatória, no local é feito um bombeamento do esgoto, mas ele não é despejado lá, somente depois de tratado na estação Los Angeles. O que pode acontecer, segundo a empresa, é o transbordamento pela sobrecarga de ligações irregulares ter chegado próximo dali. 
A empresa informou que enviará um técnico nesta segunda-feira (9) na casa de Cícero José da Silva, que mora em frente à área de proteção, para verificar a reclamação do morador em relação ao mau cheiro.