Nelsinho não abre mão de candidatura ao governo e desafia Delcídio nas pesquisas

O prefeito é contra a teoria do governador André Puccinelli de abrir mão da cabeça de chapa em favor do PT, tradicional rival do PMDB em Mato Grosso do Sul

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O prefeito é contra a teoria do governador André Puccinelli de abrir mão da cabeça de chapa em favor do PT, tradicional rival do PMDB em Mato Grosso do Sul

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) é contra a tese do governador André Puccinelli (PMDB) de discutir aliança com o PT, admitindo a possibilidade de ceder a vaga de cabeça de chapa aos tradicionais rivais. Em entrevista na manha desta quinta-feira (03), ele avisou não abrir mão de sua candidatura ao Governo do Estado em hipótese alguma.

“Eu sou candidato sim e confio tanto no meu taco que faço o seguinte desafio, quem tiver melhor na pesquisa traz o outro, porque eu sei que vou estar melhor na pesquisa”, disse durante solenidade de entrega de 34 unidades habitacionais, no Jardim Los Angeles.

Nelsinho destacou ainda ser favorável a reprodução da aliança nacional entre PT e PMDB. “Eu acho que tem que ter uma parceria, nós vamos apoiar o PT lá em nível nacional e eles apoiam o PMDB aqui, é uma troca”, defendeu. “Lá em cima nós viemos de vice e aqui eles vêm (de vice)”, acrescentou, reforçando não abrir mão da candidatura ao Governo do Estado.

Em ato do PMDB, no último sábado (28), o governador André Puccinelli, analisou o cenário de maneira diferente. Para ele, o PMDB deve abrir mão de candidatura própria no caso de Delcídio figurar com vantagem nas pesquisas. Com a declaração, ele acabou indicando ter em mãos levantamentos apontando o favoritismo do petista.

A declaração, no entanto, não agradou grande parte do PT. Para deputados, a fala de André não passa de estratégia para tirar o foco do partido na disputa pela sucessão da Prefeitura de Campo Grande, onde o pré-candidato a prefeito pelo PMDB não deslancha nas pesquisas.

A desconfiança gira na possibilidade de o governador tentar seduzir Delcídio para não entrar de cabeça na campanha do deputado federal Vander Loubet (PT), na Capital, em troca de apoio do PMDB em 2014.

Entre os peemedebistas, a teoria de André também provocou divergências. Alas do partido não aceitam abrir mão de candidatura própria em benefício dos tradicionais rivais. Para o grupo, o PMDB, como maior partido do Estado, não pode deixar de partir para a disputa.

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