Ao encontrar o carro coberto por poeira e fuligem do prédio que desabou no número 44 da rua Treze de Maio, centro do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (25), Gilberto Figueiredo disse que não ficou no prejuízo. “Não estou no prejuízo porque consegui sair do prédio vivo. Estava no 9º andar e não sei como desci do prédio, só sei que estou vivo”, relatou.

Maria Campos Félix, secretária, diz que passa em frente ao Edifício Liberdade todos os dias, mas que hoje mudou o caminho. “Acho que tive uma intuição”. Dois prédios desabaram por volta das 20h30, um maior na Treze de Maio, e um menor no número 16 da rua Manoel de Carvalho, com 11 andares.

A área de isolamento foi ampliada por conta de uma suspeita de vazamento de gás. Funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social montaram uma base nas proximidades da praça da Cinelândia para orientar os parentes das vítimas.

Equipes da prefeitura, do Corpo de Bombeiros e da PM estão no local. A Defesa Civil informou que há 11 vítimas, entre mortos e feridos. Duas pessoas já foram retiradas dos escombros, mas não há informação sobre o estado de saúde delas. Segundo o Hospital Souza Aguiar, dois feridos deram entrada por volta de 22h15.

De acordo com os bombeiros, o desabamento foi causado por uma explosão. A rede de gás da região foi desligada e bueiros próximos foram interditados.

O Centro de Operações Rio informa que a avenida Almirante Barroso está interditada nos dois sentidos entre as ruas Senador Dantas e Rio Branco. A avenida Rio Branco também está interditada no sentido Cinelândia para a passagem dos veículos da PM.

O local fica bem próximo ao Teatro Municipal, que não foi afetado, segundo a presidente Carla Camurati. Ainda não há informações oficiais sobre o que causou o desabamento.

Dois fiscais do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) estão na rua Treze de Maio, acompanhando os trabalhos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. O objetivo é buscar as primeiras informações para detectar as causas do desabamento.