‘Não houve golpe de Estado’, afirma Franco sobre impeachment
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, garantiu que o processo de impeachment de Fernando Lugo, destituído do poder nessa sexta-feira, seguiu os marcos legais e, portanto, não constitui um golpe. “Ratifico que aqui não houve golpe de Estado algum. Tudo foi feito dentro do marco legal”, certificou o novo mandatário, em entrevista a jornalistas, […]
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O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, garantiu que o processo de impeachment de Fernando Lugo, destituído do poder nessa sexta-feira, seguiu os marcos legais e, portanto, não constitui um golpe. “Ratifico que aqui não houve golpe de Estado algum. Tudo foi feito dentro do marco legal”, certificou o novo mandatário, em entrevista a jornalistas, neste sábado, em Assunção. “É uma situação legal que a Constituição e as leis do meu país permitem para fazer uma mudança quando a situação se torna inviável. (…) Estou tranquilo”.
Franco assumiu ontem (22) como presidente do Paraguai após um processo relâmpago que, em pouco mais de 24 horas, derrubou Fernando Lugo, eleito democraticamente em 2008. Lugo amargou derrotas esmagadoras na Câmara de deputados (73-1) e no Senado (39-4), aceitou o julgamento do Congresso e abriu espaço para Franco, que hoje já teve reuniões de governo em meio a um conturbado contexto internacional de dúvidas sobre o ocorrido no Paraguai.
Respondendo a perguntas de jornalistas, Franco tratou de reconhecer os desafios e de, ao mesmo tempo, mostrar controle sobre a crise política em Assunção. “Reconheço que há problemas com a comunidade internacional”, admitiu, mas pediu compreensão dos países vizinhos. “Espero que os amigos da Unasul (União das Nações Sul-americanas) saibam compreender a situação de nosso país ao fazer uma análise. (…) Vamos entrar em contato com os países vizinhos e estou seguro que vão compreender a situação”, disse, otimista.
Foi a segunda entrevista coletiva concedida por Franco. Na noite de ontem, instantes depois de receber a faixa presidencial, o então recém-empossado presidente já havia frisado a necessidade de compreensão da crise em Assunção, além de anunciar mudanças nos ministérios. Hoje, os temas foram similares, e Franco garantiu que sua conduta será de “respeito irrestrito ao trabalhador do campo”. Foi um confronto entre policiais e sem-terra, no dia 15 de junho, que deflagrou a crise que definiu o fim do governo Lugo.
Com informações da rádio 780 AM, do jornal Última Hora e da agência EFE.
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