Na Assembleia, Tetila repudia a destituição do presidente Lugo

O deputado estadual Laerte Tetila (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, repudiou, na manhã de hoje, da tribuna, a destituição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo. “Um golpe de estado foi deflagrado não apenas contra o presidente do país vizinho, mas contra a democracia de todo o nosso continente”, disse Tetila, […]

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O deputado estadual Laerte Tetila (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, repudiou, na manhã de hoje, da tribuna, a destituição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo. “Um golpe de estado foi deflagrado não apenas contra o presidente do país vizinho, mas contra a democracia de todo o nosso continente”, disse Tetila, que, aos demais deputados, ainda lembrou que, no Mato Grosso do Sul, moram em torno de 300 mil paraguaios ou descendentes de paraguaios.

“À luz da história, sabe-se que a nação paraguaia, mais do que nunca, necessita de paz, pois, essa nação, sobrevivente de uma verdadeira guerra de extermínio, que foi a Tríplice Aliança, tem sido, também, uma das mais infelicitadas das Américas pela sequência de golpes, ditaduras, autoritarismo, instabilidade e longos períodos de sofrimento e esse novo golpe, ocorrido no último dia 24 de junho, soma-se à longa lista de atentados contra a liberdade do povo paraguaio”, assegurou o deputado Tetila.

“O presidente Fernando Lugo, apesar de legitimamente eleito pelo povo, foi deposto sumariamente de seu cargo, mediante um golpe político”, afirmou Tetila, acrescentando: “E se todo tipo de golpe causa indignação, este mais ainda, pelo sagrado e consagrado direito de defesa de um presidente eleito democraticamente e que não foi respeitado”.

Segundo o deputado Tetila, o parlamento paraguaio, por meio de uma conspiração, utilizou-se do impeachment de forma autoritária, pois, pela rapidez com que foi praticado tornou-se um rito sumário, por reduzir a quase nada o tempo de defesa do presidente Lugo.

“Os deputados e senadores que se uniram, conspiraram e votaram em favor do golpe são integrantes, em sua quase totalidade, dos partidos que sustentaram uma ditadura perversa e cruel, ao longo de décadas, naquele país, a ditadura de Alfredo Strossner” salientou Tetila, para quem “o povo sul-mato-grossense sempre foi e sempre será amigo do povo paraguaio e, como tal, não concorda com o que acabou de acontecer, pois, fatos como esse só envergonham a América Latina”.

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