Mulheres optam cada vez mais por motocicletas em MS
Diante da correria do dia-a-dia, um veículo muito utilizado pela população das grandes cidades é a motocicleta. Com cada vez mais adeptos, um dado chama atenção: em Mato Grosso do Sul as mulheres estão optando por esse meio de transporte. De 2008 até 2012 o número de habilitadas na categoria A, necessária para conduzir moto, […]
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Diante da correria do dia-a-dia, um veículo muito utilizado pela população das grandes cidades é a motocicleta. Com cada vez mais adeptos, um dado chama atenção: em Mato Grosso do Sul as mulheres estão optando por esse meio de transporte. De 2008 até 2012 o número de habilitadas na categoria A, necessária para conduzir moto, aumentou em 109%.
De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), há quatro anos havia no trânsito sul-mato-grossense 10.837 mulheres habilitadas na categoria A, atualmente são 22.660.
A estudante Rita de Cássia Ajala, 18 anos, optou pela habilitação AB, ou seja, para carro de passeio e moto. De acordo com Rita o preço foi um dos fatores que a ajudou a decidir por também ter a habilitação para duas rodas. “O valor para tirar a habilitação de carro e moto, era o mesmo que tirar só para carro”, afirma. Apesar de não andar constantemente de moto, a estudante afirma que devido à correria do seu dia, o meio de transporte é preferível pela rapidez.
A manicure Alcione Salles, 33 anos, faz parte do grupo de mulheres habilitadas somente na categoria A. Há dois anos ela utiliza a motocicleta para trabalhar, já que atende suas clientes em suas casas. Alcione ainda pretende tirar a carteira AB, que permite também dirigir veículos de passeio, mas não pensa em deixar de usar a moto. “Eu quero tirar carteira para carro para passear, e continuar com a moto para trabalhar”, explicou.
José Nei do Nascimento Silva é vendedor de motos e afirma que houve crescimento de mulheres comprando esse tipo de veículo. Silva contou ainda que mesmo com a adaptação do mercado para o público feminino, como por exemplo, a fabricação de motos e capacetes com cores variadas, elas preferem a cor neutra. “A [motocicleta] de cor preta é a que mais sai porque além da revenda ser mais fácil, é menos chamativa”, assegurou.
O vendedor informou ainda que a preferência do público feminino são motocicletas menores e de baixa cilindradas, e que não há muita procura de acessórios por esse público.
Acidentes
Desde 2008 a participação da mulher no trânsito do Estado vem crescendo em todas as categorias, em quatro anos houve o aumento de 37%, passando de 219 mil condutoras habilitadas para 301 mil, em 2012.
Mesmo com o aumento expressivo de motoristas do sexo feminino, os acidentes cresceram apenas 26% nos últimos quatro anos. Em 2008 foram 2893 mulheres envolvidas em acidentes contra 3639 até agosto de 2012.
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