Cabeleireiro explica que o valor dos produtos do salão aumentou cerca de 15%, mas a procura pelos serviços também aumentaram.

Com um salão na rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande, Ronaldo confirma o resultado da pesquisa que foi divulgada nesta semana pela Anhanguera-Uniderp: as mulheres têm gastado mais com a beleza e, em um ano, o valor do serviço dobrou em até 50%.

O levantamento do Núcleo de Pesquisas da Universidade constatou que a variação de um salão a outro chega a 22% e que a tintura no cabelo aumentou até 50%, assim como o corte de cabelo masculino.

O cabeleireiro explica que o valor dos produtos do salão aumentou cerca de 15%, mas a procura pelos serviços também aumentaram. “Quando a mulher aumenta sua renda, a primeira coisa na qual ela quer investir é na beleza e o cabelo é o que mais gasta. Com aumento na procura, há aumento na quantidade do serviço e preços”, explica.

Manicure e pedicure tiveram elevação no preço em 13,4% e 3,45%. Para o coordenador do Núcleo de Pesquisas da Anhanguera-Uniderp Celso Correia, O custo dos serviços de salão de beleza em Campo Grande supera a inflação nacional.

“Por ser um grupo em que o peso não é alto na composição da inflação, o consumidor comum não sente muito o impacto no bolso. Para várias famílias, a economia está focada nos preços de produtos e serviços cotidianos, como o custo dos produtos da cesta básica, do cafezinho, mas não prestam muito atenção aos preços de corte de cabelo, penteados e tinturas”, analisa Celso Correia.

Apesar da alta nos preços, as clientes não costumam reclamar. Patrícia Claro, de 23 anos, faz escova inteligente de dois em dois meses e costuma desembolsar R$ 180, em média, pelo serviço.

“Vale a pena, sou solteira e trabalho para manter meu cabelo em dia”, brinca. Entre depilação e unhas dos pés e das mãos toda semana, ela chega a gastar mais R$ 200 pelos serviços.