As mulheres togolesas vão fazer, a partir de amanhã e durante uma semana, greve de sexo para exigir a renúncia do presidente do país, Faure Gnassingbé.
 
“As mulheres togolesas vão declarar-se em greve de sexo a partir de amanhã para tentar mobilizar seus parceiros”, disse a responsável do “Coletivo Salvemos Togo”, Isabelle Ameganvi, neste domingo (26). “Queremos que eles realizem mais ações para provocar a saída de Gnassingbé do poder.”
 
A ativista pediu às mulheres do país que sigam o exemplo das liberianas, que tomaram medidas similares para acelerar o processo de paz durante a guerra civil do país, que ocorreu até 2003.
 
“O homem que nos dirige [Gnassingbé] gosta das relações sexuais, por isso convido as togolesas a abster-se durante esta semana”, disse Isabelle, em reunião que encerrou uma passeata pacífica convocada para hoje pelo coletivo.
 
CONFRONTOS

O protesto foi convocado após violentos confrontos entre forças de segurança e manifestantes partidários da oposição na terça, no meio da semana.
 
Os enfrentamentos deixaram uma centena de feridos, segundo o coletivo, provocaram a detenção de 125 integrantes do grupo.
 
O Ministério de Segurança do Togo informou que 119 pessoas detidas nas manifestações foram libertadas na sexta-feira.