Uma mulher que ganhou um prêmio de US$ 735 mil na loteria nos Estados Unidos foi acusada de fraudar o sistema de benefícios sociais do país. Amanda Clayton, 25 anos, compareceu na terça-feira em um tribunal, onde se declarou inocente das acusações. Os promotores do caso dizem que, apesar de ter um grande patrimônio, após receber o prêmio do sorteio, Clayton estava recebendo “food stamps” – um auxílio dado pelo governo americano para famílias pobres comprarem alimentos. Ela também continuava fazendo uso do seguro-saúde público, também destinado a pessoas de baixa renda.

Clayton recebia esses benefícios sociais antes de ganhar o prêmio, pois se enquadrava nos critérios de renda. Agora ela está sendo acusada de não informar as autoridades de que seu patrimônio havia mudado. O prêmio de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,8 milhão) foi sorteado em uma loteria em um programa de televisão chamado Make me Rich! (“Faça-me Rico”, em português), mas com descontos de impostos o valor recebido pela americana foi de US$ 735 mil (ou R$ 1,3 milhão).

A rede de televisão WDIV, de Detroit, que revelou a história, diz que Clayton arrecadou US$ 5,475 (cerca de R$ 10 mil) com auxílio-comida e com o seguro-saúde público ao longo de oito meses, depois de já ter ganhado o sorteio. “É simplesmente bom senso que vencedores de loterias milionárias abram mão de receber assistência governamental”, disse o promotor Bill Schuette, segundo a agência de notícias AP.

Já os advogados de defesa dizem que a promotoria estaria exagerando com o caso, ao pedir a prisão de Clayton. A americana foi presa e passou uma noite na cadeia, sendo solta no dia seguinte, após pagar uma fiança de US$ 1 mil.