Mulher denuncia o ex-namorado por cárcere e tortura em Campo Grande

Vítima afirma que recebeu vários tapas socos e puxões de cabelo durante as quase três horas de agressões. Ela afirma que morou com o agressor por quatro meses e que nos dois últimos ele se transformou numa pessoa muito agressiva.

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Vítima afirma que recebeu vários tapas socos e puxões de cabelo durante as quase três horas de agressões. Ela afirma que morou com o agressor por quatro meses e que nos dois últimos ele se transformou numa pessoa muito agressiva.

F., de 22 anos, conviveu maritalmente com L., 20 anos, por quatro meses. Os dois primeiros, segundo ela, foram bons, mas depois o rapaz mudou o comportamento e passou a ser agressivo. Puxões de cabelo, tapas, xingamentos aumentaram e os dois se separaram na segunda-feira, 24 de setembro.

De acordo com relatos de F. ao Midiamax, na noite de quinta-feira ela foi até a casa de uma amiga, deixou a moto e em companhia de outras colegas foram comemorar aniversário de uma conhecida. Quando estava na comemoração L. Ligou e disse que queria conversar e a questionou sobre em que companhia estava. “Ele estava calmo e quando chegou lá pediu pra eu entrar no carro e eu entrei, mas ele se transformou depois”, lembra.

F. conta que após fechar a porta do carro o rapaz avançou e arrancou o pino que serve de tranca, isto para impedir que a moça saísse. A partir daí conforme ela, começou a indagá-la sobre a presença dela alí, se estava ‘saindo’ com outro homem e passou a agredi-la com tapas, socos e puxões de cabelo. Ele estava com uma faca e me ameaçava a todo momento”, afirma a vítima.

Conforme F. o ex- a levou para a região do bairro Panamá e lá a obrigou a sair de dentro do carro e passou a cometer agressões contra ela. Segundo a vítima, o rapaz a arrastou pelo chão e a chutou com muita violência. Depois ordenou que F. entrasse novamento no carro e seguiram pela BR em direção a cachoeira do Inferninho. Ele decidiu parar o carro em um posto de gasolina para abastecer e determinou, sob ameaça de faca, para que ficasse quieta e não pedisse socorro.

Depois que abasteceu o veículo, conforme F. o rapaz perguntou do celular dela e foi dito que havia caído no primeiro local de agressões fora do carro, no Jardim Panamá. Eles voltaram e o aparelho achado.

Depois, conforme F., o rapaz voltou para a BR que dá acesso à cachoeira do Inferninho. Ele parou o carro no acostamento e novamente passou a agredir a ex. Segundo ela, foi nesse local que o rapaz fez ameaças de morte, inclusive afirmando quer a jogaria no penhasco da cachoerira. Depois da ‘sessão’ de agressões, o rapaz a levou para um lugar ermo, no Jardim Carioca.

Conforme a vítima, foi no Jardim Carioca que ela sofreu mais agressões. “Ele me bateu com pedras, arrancou muito mais cabelo, cuspiu na minha cara e me fez comer terra”, relata. Quando estava com a reportagem no local, F. encontrou tufos de cabelos arrancados e sinais de sangue na estrada.

Com hematomas na face, pernas, arranhões e muitos locais falhos no couro cabelo, F. diz temer que L. não seja preso e volte a procurá-la. Como medida ela fez um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde conseguiu uma medida protetiva na tentativa de impedir que o agressor se aproxime dela sob a possibilidade de ser preso em flagrante por desobediência.

A vítima também fez exame de corpo de delito no Intituto Médico Legal Odontológico (Imol), onde ficará confirmada ou não a tese de tortura, com base nas sequelas provocadas. F. também fez um boletim de ocorrência por furto de eletrônicos da casa onde morou com seu agressor. Ela o acusa de ter levado produtos comprados por ela e sem sua autorização.

Conteúdos relacionados