MST da Base invade outra fazenda no oeste paulista

Integrantes do MST da Base, dissidência do Movimento dos Sem-Terra (MST) em São Paulo, deram sequência hoje ao chamado “janeiro quente”, invadindo uma fazenda em Pauliceia, no oeste do Estado. O nome da área não foi divulgado. A Polícia Militar confirmou a invasão, mas a equipe que se dirigira ao local não fizera contato com […]

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Integrantes do MST da Base, dissidência do Movimento dos Sem-Terra (MST) em São Paulo, deram sequência hoje ao chamado “janeiro quente”, invadindo uma fazenda em Pauliceia, no oeste do Estado. O nome da área não foi divulgado. A Polícia Militar confirmou a invasão, mas a equipe que se dirigira ao local não fizera contato com a base até as 16 horas. Na sexta-feira, um grupo de 300 militantes já tinha invadido a fazenda Rio Feio, em Bento de Abreu, na mesma região.

Nota creditada ao MST da Base, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Liga Sindical Operária e Camponesa, Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast) e quatro outros grupos informa que oito mil acampados foram mobilizados para ocupar “pacificamente”, até o final do mês, 30 propriedades rurais nas regiões do Pontal do Paranapanema, Alta Paulista e Araçatuba. Além da aceleração da reforma agrária, os grupos pedem “liberdade aos companheiros José Rainha Júnior, Claudemir Novaes e Antonio Carlos Silva”, presos por perseguição política, segundo a nota. Esses líderes estão presos desde junho, acusados de desviar recursos da reforma agrária.

Os movimentos se posicionam contra o projeto de lei do Governo do Estado enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo “que blinda a grilagem de terras do Pontal do Paranapanema com sua legalização”.

Segundo a nota, uma área de 92 mil hectares do 15º Perímetro foi julgada devoluta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). “O governo estadual precisa se entender com o governo federal e antecipar a obtenção dessas terras assentando nossas famílias”, diz a nota, que pede ainda que a justiça seja rápida “não para criminalizar a luta dos trabalhadores do campo, mas para assentar as famílias”.

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