MS está entre os Estados com maior número de mortes violentas de jovens, segundo IBGE
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta segunda-feira (17) apontam que 68,9% dos jovens do sexo masculino entre 15 e 24 anos morrem de forma violenta no Mato Grosso do Sul. Entre as mulheres, o número é de 33,1%. Essas mortes envolvem acidentes de trânsito e homicídios. Em 2011, foram registrados […]
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Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta segunda-feira (17) apontam que 68,9% dos jovens do sexo masculino entre 15 e 24 anos morrem de forma violenta no Mato Grosso do Sul. Entre as mulheres, o número é de 33,1%. Essas mortes envolvem acidentes de trânsito e homicídios.
Em 2011, foram registrados nos Cartórios do Brasil 111.546 óbitos violentos ocorridos no ano por lugar de residência, o que significa um crescimento de 1,3% em relação ao ano de 2010. O aumento dos registros de óbitos violentos ocorreu nas Regiões Nordeste (5,5%) e Centro-Oeste (6,9%).
Conforme a pesquisa, os óbitos resultantes de causas violentas ou acidentais têm implicações importantes no que se refere à qualidade da informação registrada, bem como o impacto para o sistema de saúde. As mortes por causas externas são o terceiro principal grupo de causa de óbitos na população em geral e a primeira entre os jovens de 15 a 24 anos.
Quanto ao local de ocorrência do óbito, observa-se que 68,1% dos óbitos ocorreram em hospitais e outros 20,6%, em domicílios. Pela sua natureza, 35,3% daqueles classificados como violentos ocorreram em hospitais. Óbitos violentos ocorridos em via pública (37%) e no domicílio (13,7%).
Sobre às mortes violentas de jovens de 15 a 24 anos de idade, os resultados da pesquisa mostram que a proporção chega a 75,4%, em Alagoas, no caso dos homens, porém é um fenômeno que abrange todos os estados.
Infância e juventude
O Promotor da Infância e Juventude Sérgio Harfouche avalia que estes números refletem a falta de limites e controle dos pais, fazendo com que estes jovens se tornem vulneráveis.
“É comum hoje em dia ver nestas festas que fazemos um forte trabalho de restrição aos menores de idade, meninas muito com roupas extremamente provocante e o abuso do álcool.”.
Existem, no ramo do Direito, as pseudo-garantias, que remetem a proteção das garantias individuais. Por exemplo, em uma sala de aula, um jovem deliquente provoca diversos problemas. Nesta situação, o direito de todos os alunos e professores que são agredidos física e psicologicamente é suprimido pela individualidade do menor delinquente, que não pode ser punido.
O promotor avalia ainda que o número de caso de violência nas escolas, após a influência do Conselho Tutelar teve uma redução em 80% dos casos, após a participação dos pais nos problemas com os jovens. “O que estamos fazendo está no caminho certo. Identificamos que os casos de agressões por parte de alunos do 1º ao 9º ano é cerca de 23% superior ao de alunos das séries mais avançadas. E nesse casos, a agressão moral é muito maior.”.
Harfouche explica quem no próximo dia 20 será realizada uma reunião com a Secretaria de Educação para discutir formas de dar continuidade ao trabalho de fiscalização do consumo de álcool por jovens. Ele explica que parte do projeto se inspira no “Balada Segura”, criado no Rio Grande do Sul e que é direcionado às escolas.
“Identificamos que 80% dos jovens atendidos nas Uneis são evadidos das escolas. A vida está banal para os adolescentes. O Brasil é o quarto país do mundo em mortes violentas de adolescentes. Estes números superam o Iraque. Precisamos atuar dentro das escolas para conscientizar estes jovens.”.
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