MS aposta na demanda mundial de cana-de-açúcar para crescer
No mundo inteiro, a cana-de-açúcar ocupa 20 milhões de hectares. Desse total, 50% está localizado no Brasil. A demanda mundial por etanol e açúcar é, atualmente, de 24 bilhões de litros e de 50 milhões de toneladas de açúcar e, em 2020, chegará a 78 bilhões de litros e 38 milhões de toneladas, respectivamente. Os […]
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No mundo inteiro, a cana-de-açúcar ocupa 20 milhões de hectares. Desse total, 50% está localizado no Brasil. A demanda mundial por etanol e açúcar é, atualmente, de 24 bilhões de litros e de 50 milhões de toneladas de açúcar e, em 2020, chegará a 78 bilhões de litros e 38 milhões de toneladas, respectivamente. Os dados foram apresentados nessa terça (23), durante o 6º Congresso da Cana de Mato Grosso do Sul (Canasul), que segue até amanhã em Dourados (MS).
“Somente o Brasil tem capacidade e área disponível para crescer e atender a demanda internacional no futuro”, aponta o coordenador do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Cid Caldas. Para o diretor comercial do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Osmar Figueiredo Filho. “É preciso melhorar a qualidade do nosso produto. Hoje, 30% do custo de produção está no mau manejo da cana e isso aponta necessidade de investimentos”, diz Osmar Figueiredo Filho, diretor comercial do Centro de Tecnologia Canavieira.
Em Mato Grosso do Sul o setor deve crescer 14%, saindo de 33,8 milhões de toneladas na safra 2011/2012 para a previsão de 38,6 milhões de toneladas até o final da safra de 2012/2013. De acordo com a Associação dos Produtores de Bioenergia de MS, o crescimento ainda é pequeno já que o resultado da safra passada ficou aquém das 40,8 milhões de toneladas estimadas. “São eventos e discussões como essa que vão apontar o que devemos fazer para alcançar mais produtividade”, diz o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul, Roberto Hollanda Filho.
Para o presidente da Comissão de Bioenergia da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Luiz Alberto Moraes Novaes, a saída é investir em tecnologia. “Não há eficiência e produtividade sem investimento em pesquisa. O setor cresce em Mato Grosso do Sul graças ao empenho de instituições de pesquisa que apostaram na cana, mas é necessário ir além”, diz Luiz Alberto, que é também presidente da Fundação MS.
O 6º Canasul segue até essa quarta (23) no Sindicato Rural de Dourados. Além das palestras, o público confere 43 estandes para comercialização de produtos e serviços do setor industrial e agrícola sucroenergético. O evento é promovido pela Famasul, em parceria com a Biosul, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) e a Prefeitura Municipal de Dourados.
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