Cerca de 300 pessoas do mst (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e alguns integrantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) estão interditando a BR 267, desde o início desta manhã de segunda-feira (3), no KM 190, próximo a entrada do assentamento Pana, estrada que dá acesso ao município de Deodápolis.
A PRF (polícia rodoviária federal) indica uma rota alternativa para entrada ou saída do Estado de Mato Grosso do Sul. A sugestão é trafegar por meio da BR 262, município de Três Lagoas.
De acordo com a equipe da PRF, ainda não há previsão de abertura da pista e nem informações sobre as reivindicações do movimento.
Conforme o vice-presidente da CUT, Francisco Militão Sampaio, há uma espécie de parceria com o MST, com participação de pessoas do assentamento Volta Redonda , do São João e de Avaré, em Santa Rita do Pardo. “Alguns companheiros estão participando. Reivindicamos a reorganização do assentamento. Mas a manifestação é liderada pelo MST”, destacou.
Uma das integrantes do MST, Adriana, que está há oito anos em assentamento, contou que eles liberam a pista apenas em casos médicos, como passagem de ambulância, de pessoas doentes e com consulta marcada.
Reivindicação
A reivindicação maior é contra a morosidade do Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária) nas ações de desapropriação de terras em Mato Grosso do Sul, indica MST. O movimento reúne integrantes dos acampamentos Florestan Fernandes, assentamento Echeria, assentamento Joaquim Pereira Veraf, e da CUT.
Os manifestantes prometem bloquear a rodovia até o início das negociações. “Nossa previsão é que, provavelmente, no período da tarde vamos acabar com o bloqueio. O congestionamento está grande e tudo indica, que o Incra entrará em contato para negociarmos”, contou.
*Matéria editada 11h25 para acréscimo de informações.