A Fundação de Cultura do Governo de Mato Grosso do Sul, através do Museu da Imagem e do Som, apresenta até o dia 23 de novembro, sempre com entrada franca, a mostra “Cinema Afro-Brasileiro”, homenageando uma das etnias representativas de nosso País e que tem se mostrado fortalecida com novas produções.

As exibições acontecem durante toda a semana, às 19 horas, na sala Idara Duncan do Museu da Imagem e do Som. A mostra é realizada em parceria entre a Fundação de Cultura, o Conselho Estadual dos Direitos do Negro de Mato Grosso do Sul (Cedine/MS) e o Instituto Luther King.

Para o curador da mostra, Carlos Alberto da Silva Versoza, as exibições pretendem expor o antigo e o novo Cinema Afro-Brasileiro com filmes que vão da consagrada obra “Barravento”, de Glauber Rocha (sucesso de crítica e público, assistido por milhões de pessoas) aos excelentes “Besouro” e “Orfeu Negro”, todos tratando de um tema delicado, mas ainda com muito reflexo no País: “a História dos Negros e Negras no Brasil e suas lutas desde a colônia até os dias atuais para serem respeitados como seres humanos e cidadãos dignos”, explica Versoza.

A mostra Cinema Afro-Brasileiro é realizada com os projetos “Cultura em Situação” e “Amplificadores de Cultura”, do MIS. No dia 28 de novembro, às 14 horas, será realizado o “Debate sobre a Cultura Afro-Brasileira no Cinema”. Como os filmes selecionados abordam o mesmo tema – a história dos negros e suas lutas no País – possibilitam questionamentos sobre o papel da arte e a reflexão de como esta pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O objetivo dos projetos é incentivar o pensamento e a discussão, estimulando a produção e a circulação de ideias.

O CineMIS é uma ação que com temas diversos e abrangentes apresenta mostras com olhares e artes tanto de Mato Grosso do Sul quanto de culturas que ultrapassam fronteiras. “Com essa agenda, o Museu da Imagem e do Som vem cumprindo sua função social de democratizar o acesso às produções audiovisuais do país e do mundo, além de promover o debate e a reflexão, no sentido de contribuir com a formação e a difusão de conhecimento e cultura no Estado”, explica o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Américo Calheiros.

21 de novembro (quarta-feira)

Orfeu Negro – A jovem Eurídice foge de sua terra e chega ao Rio de Janeiro na época do Carnaval, se envolvendo com o condutor de bonde Orfeu, provocando os ciúmes de sua namorada. Mas como na antiga lenda de Orfeu, ela é perseguida pela Morte e ele será capaz de descer aos infernos para tentar resgatá-la. Primeira versão cinematográfica da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes. Orfeu Negro transpõe o mito grego de Orfeu e Eurídice, uma trágica e bela história de amor, para os morros do Rio de Janeiro, durante o carnaval. Consagrado no mundo inteiro, tendo recebido muitos prêmios (* Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1959), o filme foi também um dos marcos fundadores da bossa nova, trazendo músicas clássicas do gênero assinadas por Tom Jobim, Vinícius, Luiz Bonfá e Antonio Maria, como “A Felicidade”, “Manhã de Carnaval” e “O Nosso Amor”.

Direção: Marcel Camus. Elenco: Breno Mell, Marpessa Dawn, Lourde de Oliveira / 1958, Drama, 90 min.