Morre na Suíça a romancista chinesa Han Suyin, aos 95 anos

A escritora de origem chinesa Han Suyin, autora de vários romances e ensaios políticos e históricos, faleceu na última sexta-feira (2), aos 95 anos, em Lausanne (Suíça), onde morava. Os funerais de Han Suyin, cuja morte foi reportada pela sua família à agência de notícias Nova China, estão previstos para a quinta-feira (8) em Lausanne, […]

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A escritora de origem chinesa Han Suyin, autora de vários romances e ensaios políticos e históricos, faleceu na última sexta-feira (2), aos 95 anos, em Lausanne (Suíça), onde morava. Os funerais de Han Suyin, cuja morte foi reportada pela sua família à agência de notícias Nova China, estão previstos para a quinta-feira (8) em Lausanne, segundo a agência suíça ATS.

Os vários romances e ensaios, assim como os encontros com Indira Gandhi, Mao Tsé-tung e Zhou Enlai renderam fama mundial a Han Suyin, que há muitos anos morava na Suíça.

Nascida em 1917 no norte da China, filha de um engenheiro chinês e de uma intelectual belga, Rosalie Chou recebeu educação europeia e só aprendeu o chinês após os 15 anos.

Depois de estudar medicina em China, Bélgica e Inglaterra, se tornou pediatra e chefiou uma clínica em Cingapura.
No entanto, após o primeiro casamento com um diplomata chinês em Londres, que se tornaria general e auxiliar de Chang Kaichek, Han Suyin abandonou a medicina e começou a escrever em chinês, inglês e francês. Ela, então, se instalou em Hong Kong e publicou seu primeiro romance, A Many-Splendoured Thing, que Henry King adaptou com grande sucesso para o cinema em 1955, em um filme intitulado em português como Suplício de uma Saudade.

A principal obra da romancista é uma autobiografia em cinco volumes: The Crippled Tree, A Mortal Flower, Birdless Summer, My house has two doors e Phoenix Harvest, escritos entre 1964 e 1979.

Ela também assinou as autobiografias de Mao e de seu premier, Zhou Enlai, além de um estudo sobre o Tibete.

Favorável ao maoísmo, a autora nunca aderiu ao Partido Comunista e rompeu com o regime após a Revolução Cultural, que chegou a defender em um primeiro momento.

Muito apegada ao país de origem, foi uma das poucas cidadãs estrangeiras a poder viajar à China comunista durante os dois primeiros anos de regime maoísta.

Elizabeth-Kuanghu Comber – seu nome no registro civil – voltou a ser casar duas vezes após a morte do esposo chinês, em 1947, durante a guerra civil: com um oficial inglês, em 1952, e com um coronel e engenheiro indiano, em 1960.

Ela também viveu uma aventura amorosa com um correspondente de guerra baseado em Cingapura, morto em 1950, na Coreia. A história serviu de inspiração para o romance A Many-Splendoured Thing.

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