Morales defende, na ONU, legalização da prática de mastigar a folha de coca na Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu hoje (12), na Organização das Nações Unidas (ONU), em Viena, na Áustria, a legalização da prática de mastigar a folha de coca no país. Para os bolivianos, a folha de coca tem fins medicinais e é utilizada também em rituais. Ao longo do dia os bolivianos preparam uma […]

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu hoje (12), na Organização das Nações Unidas (ONU), em Viena, na Áustria, a legalização da prática de mastigar a folha de coca no país. Para os bolivianos, a folha de coca tem fins medicinais e é utilizada também em rituais. Ao longo do dia os bolivianos preparam uma série de manifestações em defesa da mastigação da folha de coca – chamada de pijcheo acullico.

De acordo com dados oficiais, pelo menos 62% da população indígena boliviana mastiga de forma regular e cotidiana a folha de coca. A Constituição da Bolívia protege a planta da coca como parte do seu patrimônio cultural, informando que no estado natural ela não é uma droga e tem usos alimentares, tradicionais, culturais e medicinais.

Em defesa da mastigação da folha da coca, a campanha conta com o apoio de agricultores, movimentos sociais e integrantes da sociedade civil organizada. O vice-ministro da Coca e do Desenvolvimento Integral, Dionisio Nuñez, disse que a expectativa é reunir cerca de 40 mil pessoas nas manifestações em La Paz.

De acordo com Nuñez, o Conselho da Federação Camponesa das Yungas e da Associação Departamental de Coca pretende mobilizar 30 mil pessoas, além de 10 mil de várias categorias – mineiros, comerciários e trabalhadores autônomos.

Antes de discursar na ONU, Morales se reuniu com o diretor do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), Yuri Fedotov. Na conversa, o presidente boliviano reiterou o empenho no combate ao uso ilegal de drogas no país. As autoridades bolivianas dizem que o país se tornou uma região de trânsito para a droga fabricada no Peru, no Chile, na Argentina, no Brasil e no Paraguai.

(Com informações das agências pública de notícias da Bolívia, ABI, e estatal de Cuba, Prensa Latina)

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