Oito famílias que ainda moram em barracões na favela Cidade de Deus em Campo Grande, próximo ao lixão de Campo Grande fizeram um protesto com cartazes por não serem contemplados com casas populares pela Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande). O manifesto foi na manhã desta segunda-feira em frente à Agência na rua Iria Loureiro Viana, Centro de Campo Grande.

Todos informam que possuem cadastros, fazem as renovações, porém não são contemplados. “Morava de aluguel, não tenho condições, por isso fui morar lá”, diz a manicure Ketlyn Dayane Andrade, 22, que mora com o marido e um filho de 3 anos.

“Foram lá na sexta de manhã, prometeram conversar com a gente, só que no final do dia foram lá de novo e falaram que era para sair, e não tinha mais nenhum acordo”, conta o catador de materiais recicláveis Douglas de Almeida Dias, 21.

“Passaram lá pegando CPF, RG, nome completo e no final das contas nada”, diz a dona de casa Lilian Andrade Brito, 19.

De acordo com o assessor técnico da Emha, Rodrigo Jian Sante, em 2009 foram constadas 200 famílias em moradias subnormais, feito o cadastro socioeconômico e registro fotográfico junto com a numeração dos barracões.

Ainda de acordo com o assessor, devido a novas invasões no local, a Agência entregou 392 casas em agosto do ano passado. A Ehma informou que inibirá esse tipo invasão que segundo o órgão público tem o intuito da contemplação.