Morador de Sidrolândia é o primeiro beneficiado em MS com braço biônico

O ex-metalúrgico Cícero André Siqueira, residente em Sidrolândia, que há sete anos teve o braço esquerdo amputado (até o cotovelo) num acidente de trabalho, foi o primeiro beneficiado em Mato Grosso do Sul pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com uma prótese que responde ao comando do cérebro. É uma prótese mioelétrica que custa em […]

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O ex-metalúrgico Cícero André Siqueira, residente em Sidrolândia, que há sete anos teve o braço esquerdo amputado (até o cotovelo) num acidente de trabalho, foi o primeiro beneficiado em Mato Grosso do Sul pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com uma prótese que responde ao comando do cérebro.

É uma prótese mioelétrica que custa em torno de R$ 15 mil, entregue na última quarta-feira pelo Centro Especializado de Reabilitação da APAE, com sede em Campo Grande. O equipamento foi viabilizado pelo vereador eleito Nélio Paim, que contou com a intervenção do deputado estadual Paulo Correa (PR).

Com a prótese, Cícero que mora com o filho, terá facilitada sua rotina diária que inclui o trabalho doméstico de limpeza e arrumação da casa, a preparação das refeições. Sobrevivendo com o salário mínimo da pensão paga pelo INSS, o ex-metalúrgico não teria condições financeiras de ter acesso à prótese, caso não obtivesse esta doação do SUS.

“Ainda convivo com dores freqüentes na região do antebraço amputado. Fiz muitas sessões de fisioterapia, mesmo assim, o problema continua”, comenta Cícero, que até receber o braço biônico passou por períodos de depressão. Além de Cícero se enquadrar no perfil definido pelo SUS para doar a prótese, bom relacionamento do deputado Paulo Correa que garantiu uma emenda de R$ 47 mil para instituição adquirir 99 cadeiras de rodas.

Saiba mais sobre as próteses mioelétricas

As próteses de braço podem substituir as funções básicas e mais importantes da mão, como, por exemplo, abrir e fechar, assim como restabelecer a fisionomia corporal externa. As próteses mioelétricas pertencem a um grupo de próteses com uma fonte de energia externa. Suas características específicas e vantagens influenciam de forma decisiva o sucesso da protetização do membro superior.

1. O paciente pensa em mexer a mão. A camada cortical do cérebro, especializada no processamento dos movimentos, gera um impulso nervoso

2. O impulso é transmitido pela medula espinhal até chegar ao músculo

3. Os eletrodos de superfície da prótese, que ficam em contato com a pele, são colocados no ponto de contração máxima do músculo e captam o impulso elétrico produzido quando as fibras musculares se contraem. Cada eletrodo é posicionado no local mais adequado para detectar os diversos movimentos do braço: abrir e fechar a mão, inclinar o punho, estender e flexionar o antebraço etc.

4. O impulso captado pelo eletrodo é enviado para o amplificador de sinal. Sem esse dispositivo, a força gerada pelo músculo seria insuficiente para acionar o motor responsável pelo movimento. As próteses mioelétricas funcionam com baterias recarregáveis, parecidas com aquelas usadas em telefones celulares

5. O conector recebe essa mensagem e manda para o motor responsável pelo fechamento da mão

6. O motor que comanda a mão emite um sinal para que ela se mova

7. A mão faz o movimento de pinça e se fecha. Os dedos de um membro artificial não conseguem se mexer separadamente. Eles abrem e fecham ao mesmo tempo, como se fossem um gancho

Como funciona o sistema mioelétrico:

Os sinais são captados e amplificados através de eletrodos e enviados a um micro processador, responsável pelo controle dos movimentos da mão. Existem 02 tipos de controle para próteses mioelétricas: Sistema digital e sistema proporcional.

Sistema digital: A velocidade de abertura/fechamento da mão e constante independente da amplitude do sinal mioelétrico.

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