A exemplo do Rio de Janeiro que levou 200 mil pessoas às ruas, o deputado estadual Júnior Mochi (PMDB) cobrou, nesta terça-feira (5), mobilização dos 24 estados não produtores, que perdem recursos com o veto da presidente Dilma Rousseff às novas regras de rateio dos royalties.

“Governadores, parlamentares, prefeitos, vereadores e representantes de entidades precisam ir à cobrar do Congresso a derrubada do veto”, defendeu Mochi. “Não é possível perder essa batalha, somos 24 contra três estados”, acrescentou.

Para o deputado, o Rio de Janeiro foi esperto ao reunir artistas globais, políticos e sociedade civil em ato pelo veto da presidente ao projeto. “O movimento foi legitimo e eles conseguiram. Agora, está na hora de os outros estados se mobilizarem”, reforçou.

Nesta terça-feira (4), o governador André Puccinelli (PMDB) está em Brasília para definir a estratégia dos estados não produtores diante do veto da presidente. A decisão de Dilma obriga o Brasil a esperar mais de dez anos pela divisão igualitária dos recursos dos royalties do petróleo ao restringir as novas regras de rateio a contratos futuros. O veto, segundo Mochi, tira R$ 67 milhões de Mato Grosso do Sul só em 2013.

De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a decisão de Dilma manterá o “privilégio injustificado” de dois estados e 30 municípios, que receberão R$ 201 bilhões até o final de 2020, enquanto o restante do país, equivalente a 170 milhões de pessoas, terá direito a apenas R$ 17 bilhões.