Ministros consideram manifesto sobre orçamento em pesquisa “provocação positiva”

Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, e da Educação, Aloizio Mercadante, consideraram o manifesto publicado por entidades representativas da indústria brasileira e da comunidade científica do país como uma “provocação positiva” do assunto. O comunicado da categoria, que defende revisão da redução de orçamento da pasta, foi publicado hoje (20) em […]

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Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, e da Educação, Aloizio Mercadante, consideraram o manifesto publicado por entidades representativas da indústria brasileira e da comunidade científica do país como uma “provocação positiva” do assunto.

O comunicado da categoria, que defende revisão da redução de orçamento da pasta, foi publicado hoje (20) em vários veículos de comunicação. “Fomos provocados positivamente, pelos colegas da comunidade científica e empresarial, sobre recursos para ciência e tecnologia.

Mas é preciso fazer reparos. Existem vários itens que são importantes de ser considerados, que somam aos recursos orçamentários do ministério e elevam recursos, muito aquém do que os empresários estão trabalhando”, comentou Raupp.

O orçamento previsto para a pasta em 2012 era R$ 6,7 bilhões. No entanto, o valor foi reduzido para R$ 4,7 bilhões após o ajuste orçamentário de R$ 55,07 bilhões anunciado pelo governo federal.

Apesar de considerar o diálogo positivo, o titular da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação, contesta os cálculos feitos pelas entidades representativas. “Contesto as contas que eles fazem. Quando falam que investimentos estão diminuindo, não levam em consideração outros investimentos.

Um exemplo é própria Finep [Financiadora de Estudos e Projetos, agência de fomento vinculada ao ministério] vai investir mais R$ 6 bilhões. Esse valor significa que vai dobrar o orçamento, o que modifica completamente o quadro”, argumentou. Para Mercadante, o crédito proposto pela Finep objetiva estimular a participação das empresas privadas como colaboradoras nos investimentos à ciência, tecnologia e inovação.

“Colocamos mais recurso para crédito exatamente para incentivar a empresa privada a fazer inovação. No caso da Finep, é basicamente crédito para inovação, o que significa atender à demanda de inovação da indústria e gerar competitividade”, disse o ministro da Educação. Os ministros defenderam maior participação das empresas privadas nos investimentos à inovação.

“Grande desafio é a participação das empresas, do mundo empresarial em geral, investindo em ciência e tecnologia. Isso é característica dos países que estão crescendo nessa área, todos eles, onde os investimentos das empresas são bem maiores que os de governo”, observou Raupp.

A meta do governo é aumentar a participação empresarial em pesquisa e desenvolvimento para 0,90% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor corresponderia à metade dos investimentos no setor, visto que a estimativa do governo é chegar a 1,8% do PIB, nesse mesmo período. Atualmente, a participação do setor privado está em 0,55% e a do governo, em 0,61%, segundo dados do Ministério de Ciência e Tecnologia.

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