O COAP é um contrato da rede pública de saúde que aponta, em um mapeamento atualizado, quais os papéis dos municípios, Estados e União para aplicar melhor os recursos financeiros destinados à saúde em Mato Grosso do Sul

O ministro da Saúde, Alexandra Padilha esteve em Campo Grande na manhã desta quinta-feira (30) para assinar o COAP – Contrato Organizativo de Ação Pública- que define quais as ações são de responsabilidade dos municípios, Estado e União para fazer funcionar melhor o sistema de saúde público. Para isso foi mapeada toda a rede de saúde vinculada ao SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado. Secretários de Saúde, prefeitos e demais autoridade estiveram presentes no evento.

Nesse primeiro momento não haverá injeção de recursos financeiros na rede sul-mato-grossense de saúde. Para o ministro, o contrato vai melhorar a utilização dos recursos que já existem. “As metas ficando claras e estando definido quem vai fazer o que, nos permite utilizar melhor os recursos para oferecer tratamento com mais qualidade. Em 2011 repassamos mais de R$ 660 milhões para a saúde de MS e só no primeiro semestre deste ao já foram mais de R$ 400 milhões”, declarou.

Questionado sobre os municípios do interior, que funcionam como retaguarda para os hospitais de Campo Grande, que também estão superlotados, ele disse que “a saúde tem todo interesse em analisar” e citou Dourados, que é a segunda maior cidade do Estado e que estava correndo o risco do Hospital da Vida – principal portas abertas da região – fechar as portas.

“Vamos analisar o caso de Dourados com carinho. Tem um recurso de R$ 2 milhões para reforma de hospitais e temos todo interesse de ajudar as estruturas para que procedimentos de alta complexidade funcionem”, disse Padilha.

Padilha fez questão de ressaltar que o trabalho do Denasus ( auditoria do SUS), vão continuar. Além disso, ele citou a carta SUS, que é encaminhada aos pacientes que são internados e que já está ajudando a descobrir fraudes.

“Temos descoberto irregularidades com pessoas dizendo que não sabiam que era pelo SUS e que pagaram pelos procedimentos. De imediato é feita a auditoria, punindo e descredenciando o hospital. Já os que têm feito bons serviços, o resultado vai servir de premiação para que eles recebam mais recursos”, afirmou o ministro.

De acordo com a secretária estadual de saúde, Beatriz Dobashi, o Coap organiza os pontos de atenção básica, que é feita por todos os municípios e nas regiões, a rede de atenção materno infantil, urgência e emergência, saúde mental, doenças crônico-degenerativas e infecto contagiosas. “As obrigações de cada um bem definidas serve para fazer a rede funcionar”, destacou Dobashi.