Um dos principais articuladores políticos do governo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, pediu “bom senso” e “compreensão” aos mais de 350 mil servidores em greve há dois meses. Segundo o ministro, o governo trabalha para manter o emprego dos trabalhadores da iniciativa privada, que não têm estabilidade.
“O (Ministério do) Planejamento segue fazendo as negociações conforme foi combinado, então tenho esperança de que prevaleça o bom senso e de que haja compreensão de que o momento no mundo exige muito cuidado nosso e que os funcionários levem em conta que não se pode fazer uma greve antes de ter uma palavra final do governo”, disse o ministro.
“Toda o nosso espaço fiscal estamos procurando empregar para estimular a indústria, a agricultura, os serviços, o comércio, porque são esses que nos preocupam mais”, argumentou o ministro. O governo, por diversas vezes, vem sendo criticado por centrais sindicais por dar apoio ao setor produtivo e não atender à reivindicação por reajustes salariais.
Na última segunda-feira, o ministro da educação, Aloizio Mercadante, disse que o Executivo havia feito sua oferta final aos professores universitários federais – que representam cerca de metade dos grevistas. Em tom mais conciliatório, disse que ainda pode haver mais negociações, mas “a reponsabilidade nos (governo) faz analisar com muito cuidado cada passo”.