O Ministério Público de Nanterre, em Paris, na França, abriu hoje (29) um inquérito judicial para investigar a morte de Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em 2004. Há suspeitas de que ele tenha sido envenenado. Os restos mortais de Arafat foram exumados, com autorização da família, levados a Paris para análise de peritos.

A investigação ocorre depois que Suha Arafat, viúva do líder, levantou suspeitas sobre a morte do marido. Uma queixa formal foi apresentada em 31 de julho deste ano. Arafat morreu em novembro de 2004, no hospital francês Percy de Clamart, perto de Paris.

A queixa de Suha Arafat – também em nome da filha Zahwa – foi apresentada depois da divulgação de um pela televisão Al-Jazeera. No documentário, a emissora informou que um instituto da Suíça localizou uma quantidade elevada de polônio, substância radioativa, em amostras biológicas dos bens pessoais de Arafat.

No dia 24, o Instituto de Física de Radiação do Centro Hospitalar Universitário (CHUV), em Lausana (Suíça), confirmou que vai examinar os restos mortais de Arafat. O instituto recebeu, no começo do mês, uma carta da ANP pedindo a análise.