Ministério nega nepotismo e favorecimento a filho de Bezerra

O Ministério da Integração Nacional divulgou nota neste sábado em que nega as acusações do jornal Folha de S.Paulo sobre nepotismo e um suposto esquema de favorecimento a correligionários e ao filho do ministro Fernando Bezerra (PSB), o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE). A pasta diz zelar pela “correta distribuição das emendas parlamentares”. “Não há […]

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O Ministério da Integração Nacional divulgou nota neste sábado em que nega as acusações do jornal Folha de S.Paulo sobre nepotismo e um suposto esquema de favorecimento a correligionários e ao filho do ministro Fernando Bezerra (PSB), o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE). A pasta diz zelar pela “correta distribuição das emendas parlamentares”. “Não há favorecimento político. Em 2011, 49 parlamentares de diferentes Estados e partidos tiveram mais de 95% dos empenhos efetuados”, informa o ministério.

Segundo o periódico paulista, Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no orçamento para pagamento), em um valor total que teria chegado aos R$ 9,1 milhões, superando os 219 colegas que também solicitaram os recursos para obras da integração. A pasta responde que o filho de Bezerra teve suas emendas empenhadas em percentual e valor equivalentes aos de outros 43 parlamentares.

O dinheiro solicitado por Coelho se destina a ações sob a responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), estatal presidida interinamente pelo seu tio, Clementino Coelho, irmão do ministro da Integração Nacional. Segundo a pasta, é “desconhecimento ou interpretação equivocada da lei” afirmar que há nepotismo nesse caso, já que Clementino “ocupa o cargo de acordo com o estatuto da empresa e orientação da Controladoria-Geral da União (CGU)”. Além disso, discorre a nota, “a Casa Civil da Presidência da República já esclareceu (…) que o novo presidente da Codevasf foi indicado há cerca de 50 dias e aguarda o término de consultas, conforme determina a legislação, para ser nomeado”.

Confrontado, ainda, por suspeitas de direcionamento de recursos de prevenção de catástrofes naturais para seu reduto político, em Pernambuco, o ministro da Integração Nacional deverá prestar novos esclarecimentos à presidente Dilma Rousseff na segunda-feira. Segundo Bezerra, a presidente ligou para ele ontem para agendar a reunião.

Critérios técnicos

A pasta sob a liderança de Bezerra também se pronunciou em relação a denúncias de que seria um “reduto de correligionários”, apresentando o currículo dos integrantes do alto escalão do ministério.

O secretário executivo, Alexandre Navarro Garcia, é graduado em Administração pela Universidade de Brasília e especialista em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública. Ramon Rodrigues, secretário de Irrigação, é engenheiro agrônomo e empregado da pasta desde 2003. O secretário de Infraestrutura Hídrica, Augusto Wagner Padilha, é servidor de carreira do Ministério da Ciência e Tecnologia e, na Integração, foi diretor de gestão estratégica de 2004 a 2006 e secretário executivo em 2007. Jenner Guimarães, secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais, é funcionário de carreira do Banco do Nordeste do Brasil. O secretário de Desenvolvimento Regional, Sérgio Castro, é doutor em Ciência Econômica.

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