O Ministério da Fazenda divulgou um documento nesta sexta-feira (24) com uma estimativa de crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB), mas depois recuou e pediu para que os jornalistas desconsiderassem a informação.

O recuo foi relatado pela agência de notícias Reuters. Segundo reportagem da agência, no documento “Economia Brasileira em Perspectiva”, o ministério divulgou previsão de crescimento de 3% para 2012, 5,5% para 2013 e 6% para 2014. Mas, uma hora depois, o órgão pediu para que as projeções fossem desconsideradas porque estão sendo “revistas”.

O UOL ligou para o Ministério da Fazenda, que não explicou a situação até a publicação desta reportagem.

O Ministério da Fazenda avaliou haver sinais de recuperação da atividade econômica na produção industrial, no comércio e nos investimentos federais.

A Fazenda reforça que, apesar da desaceleração na primeira metade do ano, não houve queda do PIB no período de janeiro a junho. “Mais importante ainda são os sinais claros de recuperação da atividade econômica, que já podem ser observados em indicadores do segundo semestre de 2012”, afirma o texto.

O boletim traz um cenário bastante otimista para a economia brasileira. Além de enfatizar que há sinais de recuperação, afirmou que as famílias estão com dívidas controladas, o mercado de trabalho permanece dinâmico, o crédito está crescendo em níveis sustentáveis e a inflação medida pelo IPCA está em trajetória de declínio para os 4,7% previstos pelo Banco Central.

O mercado financeiro vê mais inflação e PIB menor em 2012. A perspectiva é de alta nos preços de 5,15% e aposta que o PIB vai crescer 1,75%.

No documento, a Fazenda reforça que o governo está focado em cumprir a meta cheia de superavit primário neste ano de R$ 139,8 bilhões. “O governo brasileiro tem buscado combinar um nível de consolidação fiscal similar ao registrado em 2011 com estímulos à economia e melhoras no perfil do endividamento público, visando mitigar os efeitos da volatilidade externa e diferenciar a solvência fiscal do país no cenário internacional”, afirma o texto. (Com informações da Reuters)