Mesa redonda na OAB discute segurança após assassinato de estudantes
O evento está sendo realizado na manhã desta quinta-feira (13) na sede da OAB-MS
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O evento está sendo realizado na manhã desta quinta-feira (13) na sede da OAB-MS
Uma mesa redonda organizada pela Comissão de Direitos Humanos e Advogados Criminalistas da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul) está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (13) na sede da Ordem.
Com o tema “Não podemos esquecer” o debate tem como foco a violência a qual o cidadão é vítima, tráfico de drogas, segurança nas fronteiras e a trágica morte de dois jovens na Capital.
A audiência está sendo realizada em um momento em que a sociedade acredita que a segurança pública está fragilizada. Rubens Silvestrini, pai de Breno Silvestrini – um dos jovens assassinados no dia 30 de agosto, por uma quadrilha que planejava roubar a caminhonete que eles estavam e levar para vender na Bolívia – disse que esse fato trágico trouxe para o seio da família o problema do código penal.
“Eu não pedi pra entra nessa campanha, mas depois desse fato trágico abracei essa causa e estou indo em todos os locais que estou sendo convidado. As coisas não podem ficar como estão”, declarou. Rubens contou que recentemente foi convidado pela inegrante da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Vítimas de Violência, deputada federal, Keiko Ota (PSB-SP) para integrar a Ong Yuris Ota.
A Ong foi instituída há 16 anos pela deputada, depois do caso de um menino de oito anos, que foi seqüestrado e morto, comovendo a sociedade. Desde então Keiko batalha pela mudança do Código Penal, no sentido de penas mais duras.
De acordo com Rubens, eles vão reivindicar que a pena máxima de prisão passe de 30 para 50 anos; aumento na pena mínima para crime de homicídio simples de seis a 20 anos para mais tempo; elevação da progressão de pena de 1/6 para 2/5; e a volta do exame criminológico, para liberar presos nos indultos de Natal e feriados.
“Hoje um diretor de presídio, por exemplo, chega e assina o indulto, libera o cara e isso é muito vago, então vamos pedir a volta do exame criminológico. Como vamos saber se essa pessoa tem condições de sair pra um Natal que seja? Não é qualquer um que deve ter o livre arbítrio”, questionou.
Já a delegada Maria de Lourdes Cano, responsável pelas investigações, declarou que esse foi um caso que a comoveu muito. “As famílias do Breno e do Leonardo estavam comigo antes de sabermos que eles foram mortos e os corpos encontrados. Eles estavam tranqüilos e foi muito triste ter de dizer a eles que eu não conseguiria trazê-los com vida. Tive um sentimento de humanismo muito forte naquele momento”, disse.
Ela disse que, naquele momento, a única coisa a ser feita era uma ação policial muito rápida, para que eles tivessem ao menos o conforto de que os criminosos tinham sido presos. Segundo a delegada, esse foi o segundo caso que marcou a vida dela. O outro foi a morte de um comerciante no bairro Estrela do Sul. Ela contou que o homem estava deitado no chão e o filho dele apertou o braço dela muito forte, pedindo pra que ela pegasse o assassino.
“Quando dei a notícia, a irmã do Breno teve a mesma reação e me pediu para prender os assassinos”, declarou. Maria de Lourdes disse ser favorável ao aumento de pena e citou que os assassinos dos jovens vão pegar no mínino 25 anos de cadeia, “sem levar em conta as qualificadoras”.
O acadêmico de engenharia ambiental, José Guilherme Vaz, que estudava com Breno, disse que foi como perder dois irmãos. “A gente tinha um convívio muito grande e nunca esperei passar por isso. Foi muito cruel o que fizeram com meus amigos. Não era preciso bater neles depois de mortos pra roubar uma caminhonete”, ressaltou.
José também declarou ser favorável ao aumento de pena, uma vez que para ele, no Brasil não há garantias de que os bandidos vão se manter presos. “essa era uma ação planejada. Qualquer um poderia ter sido vítima, mas no caso foram os meus amigos e não queremos que isso caia no esquecimento”, concluiu.
Participam do evento o secretário de segurança pública, autoridades, além de familiares de outras vítimas de violência, como o segurança Brunão e o menino Rogerinho. De acordo com a Ordem, esse é o primeiro debate de uma série na luta contra a criminalidade. O evento é aberto para todos os interessados.
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