O preço do milho se manteve em patamares elevados em 2011 graças à boa demanda interna e valorização da commodity no mercado internacional.

Considerando a região de Campinas, em São Paulo, o preço médio da saca de milho ficou em R$30,15 frente a R$21,20 por saca em 2010. Uma diferença de 42,2%.

O país colheu, em 2010/2011, 57,5 milhões de toneladas de milho, (primeira e segunda safra). Para 2011/2012, a expectativa é de que sejam produzidas 60,3 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

A estimativa de aumento da oferta em 2012 mexeu com os preços no mercado interno. Foram verificadas quedas no final de novembro e primeiras semanas de dezembro.

Mais recentemente, o clima desfavorável (falta de chuva) começou a falar mais alto.

No Rio Grande do Sul a estiagem pode comprometer mais da metade da produção de milho de verão 2011/2012. Situação parecida é verificada também em algumas regiões do Paraná e Centro-Oeste do país.

Com relação ao mercado internacional, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta para uma produção mundial de 867,52 milhões de toneladas de milho em 2011/2012, frente a 827,56 milhões de toneladas na safra anterior.

Do lado da demanda, a expectativa é de que sejam consumidas 868,61 milhões de toneladas de milho na temporada. Na comparação com 2010/2011, a demanda pelo grão aumentará 3,0%.

Com isso, os estoques finais para a safra 2011/2012 são estimados em 127,19 milhões de toneladas. Este volume é quase 5,0% menor que os estoques médios desde 2000/2001.

Ou seja, apesar da maior produção em 2011/2012, a demanda deve seguir firme e os estoques reduzidos.