Nesta quarta-feira (25), médicos em todo o País protestam contra os planos de saúde. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), a manifestação ocorre porque as operadoras não avançam na negociação pelo reajuste dos honorários médicos. A entidade afirma ainda que a categoria pede o “fim da interferência na relação entre profissionais e pacientes”.

Os organizadores afirmam que os pacientes não serão prejudicados. Os serviços de urgência e de emergência serão mantidos e consultas previamente agendadas para esta quarta-feira por médicos que participarem do protesto deverão ter sido canceladas e avisadas aos beneficiários dos planos de saúde com antecedência.

O protesto é organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela AMB e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Os médicos pedem ainda regras claras para fixar contratos com as operadoras, que sejam recuperadas as perdas financeiras de consultas e procedimentos realizados e que seja criado critério de reajuste dos valores pagos pelas operadoras com correção a, no máximo, cada 12 meses, entre outras reivindicações.

Segundo a AMB, em 2011, houve duas mobilizações semelhantes: em 7 de abril e em 21 de setembro. Nas duas oportunidades, os profissionais foram às ruas “para chamar a atenção para os problemas que comprometem, principalmente, a qualidade do atendimento oferecido aos usuários dos planos de saúde”, diz a entidade.

Os médicos alegam que nos últimos 12 anos, os índices de inflação acumulados chegaram a 120% e que, neste período, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médicos não atingiram reajustes de 50% no período.

Entenda

– A paralisação dos médicos que atendem planos de saúde está prevista para ocorrer durante esta quarta-feira.

– Segundo as entidades envolvidas, os pacientes dos planos de saúde não serão afetados pois atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.

– Profissionais que participarem do ato devem avisar os pacientes com consulta agendada com antecedência sobre a paralisação.

– A paralisação é nacional.