Mato Grosso do Sul vai ajudar o Brasil a economizar uma usina de Itaipu

O compromisso foi revelado num forum que reuniu personalidades nacionais do universo acadêmico e técnicos renomados dos setores financeiro e elétrico que, por meio de palestras e debates, apresentaram novos conceitos para os profissionais das áreas de engenharia, arquitetura e, principalmente, para os universitários que vão atuar nessas mesmas áreas, sobre a importância de const…

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O compromisso foi revelado num forum que reuniu personalidades nacionais do universo acadêmico e técnicos renomados dos setores financeiro e elétrico que, por meio de palestras e debates, apresentaram novos conceitos para os profissionais das áreas de engenharia, arquitetura e, principalmente, para os universitários que vão atuar nessas mesmas áreas, sobre a importância de construções sustentáveis que devem priorizar a economia de recursos naturais, a fim de não comprometerem a disponibilidade desses mesmos recursos às necessidades das futuras gerações.

O primeiro sinal de alerta aponta para o uso econômico de energia elétrica. A recomendação é a de que este setor aperfeiçoe os projetos para fazer um aproveitamento, cada vez maior, dailuminação natural e, também, da disposição dos ambientes, tornando-os mais arejados e iluminados, sem que haja plena dependência de um número maior de lâmpadas e de climatização por meio de equipamentos de refrigeração. Essas medidas vão possibilitar ao Brasil poupar até o ano de 2030, a construção de usinas equivalentes à produção gerada hoje pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. A meta foi anunciada pelo Coordenador do Programa Nacional de Eficiência Energética, Fernando Perrone, no seminário “Construções Sustentáveis: uma Janela para o Futuro”, uma ação da Enersul, orientada pela Política de Sustentabilidade da Rede Energia, com a missão de fortalecer a conscientização tanto entre os colaboradores da Empresa, quanto com a comunidade atendida pela Concessionária a respeito da utilização dos recursos naturais.

O planejamento para efetivar essa economia de energia, ao longo dos próximos 18 anos, leva em conta também a eficientização nos sistemas públicos, que vão de prédios e repartições, passam pela iluminação de ruas e praças e chegam até a um simples farol de trânsito. E uma das contribuições para o País alcançar esta meta está em Campo Grande. Por meio do Programa Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficientes – RELUZ, a capital de Mato Grosso do Sul entrou para um pacote de obras que vai implantar um milhão de pontos de iluminação pública em todo o Brasil e, ao mesmo tempo, reduzir o consumo de energia elétrica em 682 mil KWh a cada ano nesse serviço à comunidade e, ainda, poporcionar, no mesmo período, uma economia de R$ 183 milhões. Para isso, Fernando Perrone afirma que a Eletrobrás vai investir cerca de R$ 2 bilhões para tornar eficiente 96% das redes de iluminação pública que, ainda hoje, possuem lâmpadas com alto consumo de energia. Só em Campo Grande, a aplicação inicial deste recurso chega a R$ 9 milhões e já começou a instalar iluminação econômica em 10 grandes avenidas, algumas nos chamados parques lineares.

O forum mostrou ainda algumas práticas inovadoras como, por exemplo, a reutilização de pneus velhos como ingrediente na produção de concreto até para a edificação de prédios comerciais e residenciais, com isso, reduzindo a extração de pedras na natureza. Outra novidade é a confecção de aquecedores solares, a partir do aproveitamento de garrafas pet, uma embalagem descartável sempre apontada pelos pesquisadores como um problema ambiental relacionado com o modo de viver das gerações atuais. É o caminho para a concretização do desenvolvimento sustentável.

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