A decisão leva em conta processo que Giroto responde na Justiça por suspeita de denunciação caluniosa

O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) avisou hoje que se o deputado federal (PMDB) for candidato do grupo do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) na disputa pela sucessão da Prefeitura de Campo Grande não fará campanha para o parlamentar. A decisão leva em conta processo que Giroto responde na Justiça por suspeita de denunciação caluniosa.

“O mais importante do que ventilar a preferência pessoal por um dos três nomes é o partido escolher e apresentar à população um candidato com o nome eticamente limpo”, defendeu Marquinhos.

Giroto responde no STF (Supremo Tribunal Federal) processo por suspeita de envolvimento em armação para prejudicar a reeleição do deputado estadual Semy Ferraz, em 2006. Um ano depois, a Polícia Federal desmontou o esquema durante a Operação Vintém, que concluiu que crime eleitoral foi forjado para atrapalhar Semy.

“Pela gravidade desta denúncia e pela livre vontade de tentar prejudicar um ser humano, não pedirei votos para ele (Giroto)”, avisou Marquinhos.

Questionado sobre o fato de a própria Justiça declarar inelegível apenas quem tiver condenação em colegiado, o deputado informou que a “lei também obsta candidatura de denunciado”. “Entra em choque a presunção da inocência com o interesse da coletividade”, explicou.

Adotando tal cautela, Marquinhos acredita que o partido vai atuar no sentido de “prevenir a sociedade de um estrago maior”. 

Além de Giroto, o PMDB trabalha com a possibilidade de lançar o também deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) e do vereador Paulo Siufi (PMDB) na corrida eleitoral. Nos bastidores políticos, todos dão praticamente como certa a candidatura de Giroto por conta de sua proximidade com o governador.