Mais um jornalista e ativista é encontrado morto em Honduras

Nesta semana, mais um ativista foi vitimado pela onda de homofobia que atinge Honduras. Erick Martínez Ávila pertencia à organização política Los Necios e era forte defensor da extensão de direitos civis à população homossexual. O fato sensibilizou grupos de ativistas do país inteiro, que agora pedem a pronta investigação do crime. Esse é o […]

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Nesta semana, mais um ativista foi vitimado pela onda de homofobia que atinge Honduras. Erick Martínez Ávila pertencia à organização política Los Necios e era forte defensor da extensão de direitos civis à população homossexual. O fato sensibilizou grupos de ativistas do país inteiro, que agora pedem a pronta investigação do crime. Esse é o 23º crime contra jornalistas desde o início da gestão Pepe Lobo e o 20º contra a comunidade homossexual.
Seu corpo foi encontrado com sinais de estrangulamento na última segunda-feira (07/05) em uma vertente de água em Guasculile, aldeia do Distrito Central. Sem qualquer documento de identificação, seu cadáver foi cadastrado como “desconhecido” no necrotério de Tegucigalpa. Legistas estimam que o assassinato tenha ocorrido no último domingo (06/05).
Ávila era candidato a deputado pelo partido Libre (Liberdade e Refundação), e se propunha a representar a bancada de defesa da diversidade sexual. Trabalhava ativamente pelos direitos da comunidade dos gays e transexuais.
Na manhã desta quarta-feira (09/05), após receber a confirmação de que o corpo encontrado era de Ávila, os membros do MDR (Movimento de Diversidade em Resistência), fundado pela vítima, se manifestaram publicamente divulgando a trajetória de luta do ativista e oferecendo solidariedade à família.
O grupo responsabilizou o Estado e seus “corpos repressores” pela escalada da violência e pela chamada “política de limpeza social”. “Advertimos que apesar da dor que nos embarga pela perda física de nosso camarada, não desistiremos de nossa luta e da de Erick, que era a construção de uma sociedade justa, diversa, laica e respeitosa perante os direitos humanos”, colocou o MDR.
O jornalista Carlos Roberto Zelaya, representante em Honduras da organização PLCAP (Profissionais Latino-americanos Contra o Abuso de Poder), também manifestou sua indignação com a morte do companheiro de profissão e afirmou, como cidadão hondurenho, estar farto do cinismo, da hipocrisia, da maldade e da violência que os poderosos investem contra a população.
Zelaya criticou a repressão, principalmente contra membros da FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular) e do Libre. Ele pede que a população acorde e a identifique o rosto daqueles que a humilham.

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