O novo prédio da Defensoria Pública de Campo Grande já registra 5.486 atendimentos nos dois primeiros meses de funcionamento. Os dados representam as pessoas atendidas entre os dias 3 de julho e 21 de agosto, ou seja, em 31 dias úteis.

Para a população o local – na Rua Antônio Maria Coelho, 1.668 –, que abre às 6h30 da manhã, proporciona melhores condições de acesso e de atendimento. Mesmo com o horário diferenciado para abertura, muitas pessoas formam filas já nas primeiras horas do dia.

O Defensor Público e coordenador da Instituição, Renato Rodrigues dos Santos, explica que não é necessário que os assistidos se dirijam ao prédio durante a madrugada. “As pessoas que buscam a Defensoria Pública serão atendidas e por isso não precisam ficar na fila durante tanto tempo.

Basta virem no horário de abertura às 6h30 que vão receber o atendimento”, afirmou.

A assistida Maria José Pereira Silva, de 50 anos, chegou ao prédio da Defensoria Pública às 3h15 da manhã, a primeira da filha nesta segunda-feira (27). Ela buscava informações sobre um processo de inventário. “Assim que abriram o prédio eu já entrei e fui atendida pelos funcionários”.

O Defensor Público Paulo Dinis Martins Brum foi o responsável peloatendimento realizado logo após a triagem da assistida. “Eu cheguei cedo, é verdade, mas porque achei que só assim conseguiria ser atendida. Mas deu tudo certo e se precisar voltar já sei que não precisa vir de madrugada”, disse a dona de casa.

A merendeira Sandra Correa Gonçalves, de 34 anos, também solucionou o problema de forma rápida. Ela buscava a pensão para o filho e chegou ao prédio às 4 horas. “Fui a quarta da fila, mas as outras três pessoas queriam saber de inventário e o meu era da área de família. O atendimento foi mais rápido do que pensei resolvi meu problema”, afirmou.

A senhora Ivani Mascarenhas Nascimento, de 58 anos, também teve o caso resolvido no primeiro atendimento no novo prédio. “Eu trouxe os documentos, fui atendida e minha ação já está em trâmite. Agora é só aguardar”.

O Defensor Público-Geral do Estado, Paulo Andre Defante, lembra que as adequações acontecem para melhor atender o assistido. “Mudamos de prédio para dar um pouco mais de conforto as pessoas que procuram a Defensoria Pública”, afirmou.

Ele disse ainda que a Instituição é responsável pelo atendimento do cidadão carente, desprovido de recursos para arcar com as custas de um processo e de pagar advogado particular.

“A Defensoria Pública é para o pobre e oferece trabalho, portas abertas e acima de tudo compromisso com a população empobrecida, para cumprir a função estatal de garantir acesso ao sistema de Justiça”, concluiu o Defensor Público-Geral. A expectativa é de que na nova unidade sejam atendidas mais de 5 mil pessoas por mês e que em seis meses o número passe para 6 mil.