O julgamento do processo do foi retomado nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), com votos divergentes sobre a responsabilidade de cinco dos 37 acusados.

A maioria dos ministros do STF já se manifestou pela condenação do ex-diretor do , Henrique Pizzolato, e de Marcos Valério e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz por desvios no Banco do Brasil.

Todos respondem por desvio, corrupção passiva e lavagem de dinheiro e foram considerados culpados pelo relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa.

O ministro revisor, Ricardo Lewandowski, concordou com Barbosa em quatro dos casos, mas se pronunciou a favor de absolver o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara na época do escândalo, contra quem considerou que não há provas suficientes.

Na sessão realizada hoje, Rosa Weber, Luis Fux e Carmen Lucia Antunes votaram como Barbosa, mas José Antonio Dias Toffoli seguiu a mesma linha de Lewandowski.

A situação dos três empresários e do ex-diretor do Banco do Brasil parece cada vez mais complicada, já que todos os magistrados que se pronunciaram até agora os consideraram culpados.

No caso de Cunha, o único político que a corte incluiu nesta primeira fase, a votação está dividida, com quatro juízes votando pela condenação e outros dois pela absolvição.

A corte tem 11 membros e a situação de Cunha e dos outros acusados será definida com os votos dos cinco magistrados que ainda não discursaram, e que o farão a partir desta quarta-feira.

Uma vez que termine esta primeira fase, o STF examinará cada um dos casos dos outros acusados, entre os quais há três ex-ministros.

Segundo a previsão do próprio Supremo, as audiências do processo deverão ser concluídas no início do próximo mês, quando os magistrados começarão a analisar as sentenças, que serão ditadas de forma individual para cada um dos 37 acusados.