Líder muçulmano dos EUA se reúne com Raúl Castro em Havana

O ativista muçulmano americano Louis Farrakhan se reuniu nesta quinta-feira com o presidente de Cuba, Raúl Castro, com quem abordou o futuro das relações entre Havana e Washington, e criticou o filme ofensivo ao Islã que suscitou uma onda de protestos no mundo árabe. Raúl Castro “também me pediu que fizesse o mundo saber que […]

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O ativista muçulmano americano Louis Farrakhan se reuniu nesta quinta-feira com o presidente de Cuba, Raúl Castro, com quem abordou o futuro das relações entre Havana e Washington, e criticou o filme ofensivo ao Islã que suscitou uma onda de protestos no mundo árabe. Raúl Castro “também me pediu que fizesse o mundo saber que Cuba está preparada para falar com as autoridades americanas (…) sobre o tema das relações bilaterais sem nenhum tipo de pré-condições”, explicou Farrakhan em uma entrevista coletiva à imprensa em Havana.

O ativista já foi denunciado no passado por seus comentários antissemitas e homofóbicos. O ativista de 79 anos, líder da Nação do Islã americana, destacou sua “reunião de crucial importância” com Castro de “mais de duas horas”, em que também conversaram “sobre a dor que representa (para o povo cubano) o bloqueio (embargo)” que Washington aplica contra Cuba desde 1962. Consultado sobre o filme “A inocência dos muçulmanos”, que gerou uma onda de protestos em países islâmicos, Farrakhan afirmou que esta “não é nada correta a sua representação do profeta Maomé”, e que “isso só demonstra a ignorância das pessoas” que o produziram.

“Não é que a pessoa que fez este filme não sabia o que estava fazendo, mas achamos que nunca considerou as consequências desses atos”, acrescentou Farrakhan, que lamentou que a “comoção” provocada pelo filme “já tenha causado a morte de quatro americanos, entre eles o embaixador” dos Estados Unidos na Líbia, Chris Stevens. Farrakhan chegou no sábado à ilha e a deixará na sexta-feira.

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