Leão avisa: Paulo Miranda será titular quando diretoria reintegrá-lo

A diretoria decidiu tirar Paulo Miranda até da concentração para o jogo contra a Ponte Preta porque Emerson Leão avisou que, se o zagueiro estivesse à disposição, seria titular. E a imposição não mudou a ideia do treinador. Basta os dirigentes darem aval para o defensor ser relacionado – o que deve ocorrer no jogo […]

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A diretoria decidiu tirar Paulo Miranda até da concentração para o jogo contra a Ponte Preta porque Emerson Leão avisou que, se o zagueiro estivesse à disposição, seria titular. E a imposição não mudou a ideia do treinador. Basta os dirigentes darem aval para o defensor ser relacionado – o que deve ocorrer no jogo de 20 de maio, contra o Botafogo, pelo Brasileiro – para que ele apareça novamente na escalação.

“Se a diretoria liberar, ele está escalado. Não saiu por contusão, então voltará no lugar dele. Isso já foi falado entre nós”, disse o comandante, que confirmou as palavras de Juvenal Juvêncio – o presidente afirmou que o ex-goleiro concordou na análise de seguidas falhas do camisa 13.

Leão, porém, reforça que queria manter o ex-atleta do Bahia como titular. “O Paulo, em alguns momentos, foi infeliz em alguns jogos, mas não o suficiente para o seu treinador entender que deveria ser tirado”, argumentou, insistindo em sua dúvida sobre o pênalti do zagueiro em Alan Kardec com menos de dois minutos de jogo no domingo contra o Santos, e lembrando que, no segundo gol de Neymar, Paulo Miranda tinha a função de cobertura – e Piris não estava perto do astro do Santos, como deveria.

Já previamente vetado da partida de quinta-feira contra a Ponte Preta, informação que Leão alega ter conhecido através de entrevistas de Juvenal Juvêncio, Paulo Miranda não tem treinado nem entre os reservas em coletivo. Nessa sexta-feira, concluiu seus trabalhos em campo isolado, realizando apenas exercícios físicos.

A preocupação do técnico, agora, é recuperar sua confiança de uma maneira que ele não gostaria. “O atleta sem confiança faz besteira ou se omite. Às vezes, o atleta não está bem, mas fica no jogo. Se retirá-lo, pode ser pior. Ele precisa estar no campo para se recuperar”, comentou o treinador, impedido de implantar este método pela imposição da diretoria em vetá-lo.

Fora do campo, Leão já teve seguidas conversas com o camisa 13. A primeira ocorreu na tarde de quarta-feira, pouco após ser comunicado da decisão da diretoria em afastá-lo. E nessa sexta-feira o elenco todo foi reunido antes do treino e o técnico, ciente de que os jogadores fizeram até um pacto para trazer o colega de volta ao time, voltou a falar do assunto.

“Disse a ele, a todos os atletas e a todos os diretores que, se o jogador é escalado, é merecedor da minha confiança”, contou Leão, projetando já o retorno do defensor. “Primeiro, temos que ver até onde vai (o afastamento). Se não posso contar com ele agora, tenho que prepará-lo para o futuro.”

Se Juvenal acredita que Paulo Miranda está sendo preservado com seu afastamento, Leão ignora até um “leilão” feito por um torcedor são-paulino em um site de vendas, na segunda-feira, no qual o atleta era negociado por R$ 1. “Não vi críticas da torcida, mas quem trabalha no São Paulo é experiente o suficiente para isso”, opinou o chefe

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