“La Nación” não circula pela 1ª vez em 142 anos por greve na Argentina
A edição desta terça-feira do jornal argentino “La Nación” não pôde circular pela primeira vez em 142 anos de existência devido a uma greve dos trabalhadores da gráfica da publicação, que pediram aumento real de salários e a readmissão de 30 funcionários demitidos recentemente. Os operários das rotativas, filiados à Federação Gráfica Bonaerense, bloquearam as […]
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A edição desta terça-feira do jornal argentino “La Nación” não pôde circular pela primeira vez em 142 anos de existência devido a uma greve dos trabalhadores da gráfica da publicação, que pediram aumento real de salários e a readmissão de 30 funcionários demitidos recentemente.
Os operários das rotativas, filiados à Federação Gráfica Bonaerense, bloquearam as entradas do centro de distribuição, na capital argentina. De acordo com os sindicalistas, o “La Nación” demitiu 30 funcionários e os substituiu por 20 terceirizados, o que gerou a greve.
O jornal disponibilizou a edição impressa a seus assinantes, pela internet, e, em comunicado, afirmou que a medida foi “intempestiva e ilegal” e representa mais uma de outras ações de “sabotagem”, que ocorreram no fim de semana.
“Cabe mencionar que esses fatos repudiáveis e injustificados acontecem em meio a uma negociação em que a empresa fez o máximo esforço para satisfazer as demandas sindicais, oferecendo um aumento real de 25%, bem acima do pedido pela associação setorial”, informou a direção do diário.
“Confiamos que as autoridades competentes intervenham prontamente para resolver essa situação. A empresa reitera sua vontade permanente de diálogo e sua flexibilidade para encontrar alternativas negociadas em um marco de respeito e entendimento”.
Bloqueio
O impedimento do circulação do jornal “La Nación” não foi a primeira vez que um jornal argentino não saiu por uma greve de sindicalistas. Em março de 2011, o “Clarín” não pôde circular duas vezes em meio a ação de um grupo de trabalhadores e publicou uma capa em branco, acusando os operários de censura.
Na ocasião, o presidente do Grupo Clarín, Héctor Magnetto, que controla o diário, criticou o governo da presidente Cristina Fernández de Kirchner e acusou o sindicato de ter feito uma medida política para intimidar a posição opositora do grupo.
Segundo acusação do “Clarín”, no grupo havia integrantes do sindicato dos caminhoneiros, controlado por Hugo Moyano, então aliado de Cristina e secretário-geral da CGT (Confederação Geral do Trabalho), a maior central sindical da Argentina.
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